O TEMPO E OS CONWAYS - PRAZER! PRAZER! PRAZER! SÓ - TopicsExpress



          

O TEMPO E OS CONWAYS - PRAZER! PRAZER! PRAZER! SÓ PRAZER!!! Em cartaz, há alguns meses (estreou no dia 19 de abril, para ficar em cartaz até o dia 9 de junho), no simpático espaço do Teatro SESC da Gávea, o espetáculo O TEMPO E OS CONWAYS já teve sua primeira temporada prorrogada por duas vezes e, pelo menos até agora, ficará em cartaz até o dia 27 de outubro, nos seguintes horários: 6ªs e sábados, às 21h e, aos domingos, às 17h. Assisti a este espetáculo exatamente há dois meses e, por motivos vários, não havia, ainda, me pronunciado, em público, sobre ele, embora, logo no dia seguinte, tivesse enviado, a todos os envolvidos no projeto, algumas palavras de elogio e agradecimento pelos adoráveis momentos que me proporcionaram. Naquela tarde, voltei no tempo. Não ao da época em que se passa a trama, mas à transição entre os anos 60 e 70, quando eu frequentava o Curso de Letras da UFRJ, cursando Português-Inglês, e, por tais contingências, fui apresentado, nas aulas de Literatura Inglesa, a este texto de J B PRIESTLEY (1894 / 1984), o que rendeu discussões acaloradas e grandes reflexões acerca de um momento na história da sociedade inglesa, o fim da Primeira Grande Guerra e os anos 30. O programa da peça, de excelente qualidade, diga-se de passagem, apresenta uma detalhada sinopse da peça, o que me leva apenas a dizer que “este clássico da literatura universal, conta a história de um grupo de jovens, cujas esperanças de felicidade na vida serão completamente frustradas – ou pelos seus próprios erros ou pela interferência de outras pessoas. Em um nível mais amplo e profundo, o espetáculo promove uma grande investigação sobre a ideia de felicidade, questionando se os personagens são capazes de mudar o curso de suas vidas.” Vamos a alguns despretensiosos comentários sobre o espetáculo: Conhecedor do texto em seu original, não posso deixar de mencionar a excelente tradução e adaptação de Renato Icarahy. A direção, de Vera Fajardo, é excelente e um dos seus mais marcantes detalhes é o aproveitamento de todo o espaço do pequeno teatro para a encenação. Percebe-se um toque de muita delicadeza na condução do seu ofício. Quanta sensibilidade e capacidade de percepção do universo de Priestley! O cenário, de Mirella Maniaci, é um detalhe à parte, não só por ser simples, delicado e funcional, mas, principalmente, por ela saber, muito bem, como utilizar, como já disse, todo o espaço físico do pequeno e aconchegante teatro, desde a extensa escada que leva ao interior do teatro, passando pelo “foyer” (onde um pianista e cantor nos deleita), indo até os banheiros. Até a bilheteria é fechada, pouco antes do início do espetáculo, transformando-se num belo detalhe do cenário. Tudo revestido por um belíssimo papel de parede, que causa a sensação do todo. Simples e descomplicada, porém eficiente, como sempre, a iluminação do grande Paulo César Medeiros. Muito bons os figurinos de Paula Accioli. O mesmo pode ser dito sobre a direção de movimento, de Duda Maia, e a trilha sonora, sob a responsabilidade da diretora, Vera Fajardo, e de Kaleba Villela. Também ajuda na composição dos personagens, o visagismo de Marina Beltrão. O elenco, composto quase em sua totalidade, por jovens e talentosos atores, conta com a participação da veterana, e grande atriz, Stella Maria Rodrigues, no papel da Srª Conway. Um grande destaque deve ser creditado ao trabalho da bela e talentosa Júlia Fajardo, que interpreta a jovem Kay. No dia em assisti ao espetáculo, havia, na plateia, alguns consagrados atores, que não pouparam elogios à moça, o que conta com o acréscimo do meu humilde aval. Mas todos os demais seus companheiros de elenco defendem, com garras e dentes, seus personagens, e o resultado final é uma cumplicidade muito grande, que só faz agregar valores positivos à encenação. Sei que houve alguma alteração no elenco, mas os que me encantaram e me provocam uma nova ida ao teatro, são, além de Stella (que canta maravilhosamente bem) e Júlia: Camila Moreira (Hazel), o querido Igor Vogas (Alan), Johnny Massaro, que admiro há muito tempo (Robin); Marcéu Pierrotti (Ernest Beevers); Maria Ana Caixe (Joan Helford); Mariela Figueiredo (Madge); Pedro Logän (Gerald Thorton) e Thais Müller (Carol). Sucesso de crítica e de público, o grande e simples segredo deste maravilhoso espetáculo, um dos melhores da atual temporada, é um só: beleza e simplicidade. Aproveite e vá logo assistir a O TEMPO E OS CONWAYS. O tempo também é um belo e importante personagem na peça. Que prazer assistir a este espetáculo!!!
Posted on: Fri, 02 Aug 2013 16:12:30 +0000

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