O carro brasileiro decente mais barato custa, a vista, R$ 31.416,00, com frete e sem IPVA. Branco. De amenidade, apenas o ar condicionado. Em segurança, air bag e freios ABS. Chega. Pelo mesmo valor, você pode comprar: Audi A8 1995 (todo em alumÃnio... 0 de ferrugem), V8, 300cv, tração integral, construÃdo com técnicas e materiais feitos para durar décadas e até hoje tecnologicamente superior a TODOS os carros projetados/ construÃdos no Brasil. Se não gostar de Audi, pode levar sua famÃlia para passear em um BMW 740i 1997, V8, 282cv, tração traseira, construÃdo com técnicas e materiais feitos para durar décadas e até hoje tecnologicamente superior a TODOS os carros projetados/ construÃdos no Brasil. Se não gostar de BMW, pode levar sua famÃlia para passear em um Mercedes-Benz E420 1998, V8, 275cv, tração traseira, construÃdo com técnicas e materiais feitos para durar décadas e até hoje tecnologicamente superior a TODOS os carros projetados/ construÃdos no Brasil. Aqueles que precisam de uma referência visual, podem assistir ao desempenho dos modelos Audi e BMW na série de filmes "The Transporter", com o canastrão Jason Statham. Para a Mercedes, o filme "Ronin", com Robert De Niro pode ser uma referência. Mas Mercedes é Mercedes. Dispensa comentários. Serve como um belo catálogo de features, ainda que os carros apresentados sejam versões mais recentes dos modelos citados, mas baseados na mesma plataforma/ conceito industrial: eficiência, segurança, conforto e perenidade. E, no Rio de Janeiro, nenhum deles paga mais IPVA. Aos que quiserem ter o trabalho de pesquisar no site Edmunds, nos EUA, nenhum desses modelos citados excede os 5 mil dólares. Esses foram alguns exemplos de confortáveis sedãs, topo de linha. Nessa faixa de preço, existem opções de modelos desses fabricantes ainda mais recentes, superiores aos zero quilômetros vendidos no Brasil pelo mesmo preço. Em todos os tipos de formato e carrocerias, do SUV à perua, minhas preferidas. Consumo de combustÃvel e emissão de poluentes com o carro levando cinco ocupantes e carga completa é equivalente ao modelo 2013 1.0 citado. O carrinho brasileiro terá que fazer muito mais força (não tente subir uma ladeira com o carro cheio...) para deslocar a mesma massa de carga, trabalhando sempre no limite e resultando em desconforto para ocupantes e condutor. Motor 1.0 no talo, consumo e poluentes tomando conta do nosso ar. E ainda terá que trocar as marchas manualmente, além de cansar a perna esquerda na embreagem. O cansaço na condução pode comprometer a segurança. Nem vou levar em consideração as amenidades de conveniência e conforto, sem contar o espaço interno. Quanto à manutenção, nada que o eBay não possa resolver em 2013. E, sim, existem mecânicos que sabem consertar esses carros, apesar dos procedimentos básicos de manutenção estarem ao alcance da (o) usuária (o) comum: troca de lâmpadas, fusÃveis, calibragem, pastilhas de freios, etc. Como as caracterÃsticas construtivas são superiores, você passará muito menos tempo visitando oficinas do que em um carro nacional. Pelo perfil mais conservador e confiabilidade, também é possÃvel conseguir seguros bem em conta. A única justificativa para alguém dirigir um 1.0 brasileiro zero quilômetro é ajudar a gerar empregos no Brasil, seja nas fábricas, seja nas concessionárias, seja no pós-vendas. Mas do ponto de vista do consumo consciente, é um absurdo.
Posted on: Wed, 21 Aug 2013 22:03:19 +0000
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