O dono do grupo BBom, João Francisco de Paulo, embolsou R$ 11 - TopicsExpress



          

O dono do grupo BBom, João Francisco de Paulo, embolsou R$ 11 milhões com o negócio suspeito de ser pirâmide financeira disfarçada de venda de aparelhos rastreadores, segundo o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP). O dinheiro estava distribuído em contas pessoais do empresário. Além disso, em dois meses, o sócio-proprietário da companhia usou R$ 4 milhões do montante para investir em fundos de previdência privada. Quatro carros de luxo em nome do executivo também foram retidos pela Polícia Federal, por determinação da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo. Os modelos dos automóveis de Francisco não foram divulgados, mas entre os 49 carros da empresa apreendidos pela Justiça estão 18 Mercedes-Benz, quatro Lamborghinis, três Ferraris, uma Maserati e um Rolls Royce Ghost. Para o MPF, a movimentação financeira da BBom, que em menos de seis meses atraiu cerca de 300 mil associados, é “expressiva”. Foram pelo menos R$ 300 milhões movimentados. As suspeitas que pairam contra a empresa levou a Justiça Federal a bloquear suas atividades em julho. Contra a BBom também há suspeitas de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. O negócio é descrito por seus responsáveis como uma rede de marketing multinível que tem como foco a venda de rastreadores veiculares. Para os promotores, porém, trata-se de crime de pirâmide financeira por depender de taxas de adesão pagas pelos associados para se manter, e não da venda das assinaturas de rastreamento. Na ação civil pública que apresentou à Justiça, o MPF de Goiás sustenta que a BBom vendeu 1 milhão de rastreadores, mas adquiriu junto a fornecedores menos de 90 mil aparelhos. O principal fornecedor da empresa, de acordo com a ação, afirma ter repassado apenas 69.114 rastreadores à BBom. Bilhão bloqueado A partir da ação, a Justiça Federal em Goiás, na área cível, bloqueou as atividades da empresa até que o mérito da ação seja julgado. A Justiça em Goiás havia determinado o bloqueio de R$ 300 milhões das contas da empresa. A Justiça em São Paulo, na área criminal, por sua vez, ampliou o congelamento para R$ 479 milhões de cada um dos três sócios da BBom, um total de R$ 1,4 bilhão. O propósito do bloqueio é garantir o ressarcimento das cerca de 300 mil pessoas que aplicaram dinheiro no sistema BBom. Na empresa, os associados recebem o título de revendores e são remunerados quando conseguem convencer outras pessoas a ingressarem no negócio. Os associados pagam taxas de adesão que variam de R$ 600 a R$ 3 mil. Os pagamentos são feitos conforme a formação das redes. Outras acusações João Francisco de Paulo esteve envolvido em outras polêmicas. Ele já foi acusado de estelionato e de tentar formar um sistema de compensação no segmento de crédito na Unepex Cred Correspondente Bancário, de São Paulo. A empresa diz que seus representantes são experientes e que não praticam irregularidades. Companhia seria “nova Telexfree” Nas investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal, foram descobertas transações financeiras entre a BBom e a Telexfree, empresa que diz vender serviço de telefonia via internet, considerada a maior pirâmide da história do país. Com mais de 1 milhão de associados, ela também foi inviabilizada por determinação da Justiça. LEIA MAIS BBom sofre nova derrota e Justiça determina bloqueio de R$ 479 milhões da empresa BBom usa laranja para tentar sacar R$ 2,5 milhões e furar bloqueio, diz MPF Ministério Público pede a extinção da BBom No entendimento do MPF, as transações detectadas entre as duas companhias evidenciam que o esquema BBom seria o “sucessor” do esquema Telexfree. Das mais de 50 empresas suspeitas de configurarem pirâmide financeira no país, com vem sendo noticiado em A GAZETA, as duas firmas são que registraram o crescimento mais expressivo e estão sob investigação em vários estados brasileiros. O outro lado Empresa não comenta acusação Acusado de receber em contas pessoais R$ 11 milhões e de investir parte deles na previdência privada, o dono da BBom, João Francisco de Paulo, não atendeu aos telefonemas da reportagem para comentar o fato e o e-mail enviado para a assessoria de comunicação da empresa não foi respondido. Em ocasiões anteriores, a empresa negou irregularidades e disse atuar no ramo do marketing multinível, sem ser pirâmide financeira. A Telexfree também foi procurada para explicar a transferência de recursos apontada pelo MPF. O advogado Wilson Furtado Roberto, por e-mail, informou somente que “a Telexfree não possui relação com a BBom”. Fonte: A GAZETA Comentários [Os comentários são de responsabilidade dos autores]Recomendamos que não sejam usados palavrões ou termos ofensivos* Máximo de 500 caracteresInforme o resultado do cálculo a cimaEnviar Classificadões Publicidade + RECENTES|+ comentadas|+ lidas 1. Peixes - 20/02 a 20/032. Aquário - 21/01 a 19/023. Capricórnio - 22/12 a 20/014. Sagitário - 22/11 a 21/125. Escorpião - 23/10 a 21/11
Posted on: Tue, 03 Sep 2013 08:58:22 +0000

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