O ex-prefeito de Montes Claros (MG) Luiz Tadeu Leite (PMDB) está com prisão decretada na Operação "Violência InvisÃvel" da PolÃcia Federal, e é procurado em Miami, nos Estados Unidos, onde encontra-se na situação de foragido. Tadeu venceu as eleições de 2008 e disse que adotaria o "choque de gestão" no municÃpio, seguindo os passos do ex-governador e atual senador Aécio Neves (PSDB). Na atual Operação "Violência InvisÃvel", a prefeitura de Montes Claros deve cerca de R$ 15 milhões à Receita Federal por recolher e não repassar o imposto de renda dos servidores. Para pagar R$ 10,5 milhões, a prefeitura de Montes Claros adquiriu com a empresa Digicorp Consultoria e Sistemas, do EspÃrito Santo, tÃtulos de créditos de precatórios judiciais federais, pagando R$ 6 milhões. Parecia um bom negócio: quitar uma dÃvida por um valor menor. Porém, os tÃtulos eram falsificados. A Receita Federal não aceitou e os cofres públicos da prefeitura ficaram com os R$ 6 milhões de prejuÃzo (se a Receita Federal aceitasse os tÃtulos falsos, o prejuÃzo seria do Tesouro Nacional, havendo crime do mesmo jeito). Pelo mandado de prisão do ex-prefeito, há evidências suficientemente fortes de que ele tenha participado do esquema. Segundo a PF, a fraude é de aproximadamente R$ 72 milhões, somente nas cidades mineiras de Montes Claros, Pirapora, Janaúba, Capelinha e Caratinga. Os mandados foram cumpridos em Minas Gerais e EspÃrito Santo, mas segundo a PF, a organização criminosa agia em mais de 100 municÃpios, em 11 estados. Em junho de 2012, a operação ‘Laranja com Pequi’ desvendou um esquema de corrupção que movimentou R$ 116 milhões a partir de fraudes em licitações para a compra de alimentos superfaturados e de má qualidade nos estados de Minas e Tocantins. Segundo as investigações, o chefe da organização criminosa é o dono da empresa Stillus, o ex-presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrella, irmão do senador Zezé Perrella (PDT-MG), que chegou ao Senado como suplente, em coligação com Aécio. Nesta operação, na casa de Noélio Francisco de Oliveira, assessor e braço direito do então prefeito Luiz Tadeu, foram apreendidas planilhas indicando depósitos e pagamentos para custear despesas de condomÃnio de prédio, prestação de imóvel, boleto de televisão a cabo, faculdade e consórcio de carro de parentes do prefeito, inclusive de seu filho, o deputado estadual Tadeuzinho. Tadeu também responde a processo por improbidade administrativa, movido pelo Ministério Público de Minas Gerais. Ele repassou R$ 330 mil dos cofres públicos da prefeitura para time de vôlei dirigido pelo filho dele, o atual deputado Tadeuzinho. O repasse, além de proibido pelo artigo 100 da Lei Orgânica Municipal, violou o princÃpio da moralidade e da impessoalidade.
Posted on: Thu, 04 Jul 2013 02:37:49 +0000
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