O figurão Chiquinho Scarpa teria simulado enterrar seu carro de 1 milhão e ao final transformou o ato numa campanha por doação de órgãos, dizendo que muitas vezes enterramos bens preciosos como nossos órgãos. Quero aqui dizer que achei muito positivo sua atitude. É comum esses ricaços aparecerem na mídia em oportunidades mesquinhas, sendo acompanhados e bajulados pela mídia e um público que adora, acompanha e evidencia essa cultura da mediocridade, da pequenez. É o mundo da fofoca, da futrica, da futilidade. É positivo quando uma "personalidade" usa sua imagem para algo construtivo. Muitos não compreendem que nós viramos carniça como qualquer outro animal quando perecemos enquanto pessoas perdem boa parte de suas vidas ou em hospitais ou se arrastando por aí por falta de um pedaço de carne que apodrece num cemitério. Doar um órgão, não é para um doador, é para uma família toda, um conjunto de amigos que têm a chance de ver o pai, a mãe, um filho, um irmão, um vizinho, um amigo estimado, deixar seu calvário e voltar a uma vida próxima do normal. Não doar, não acaba com o tráfico de órgão, estimula. Quanto mais raro, mais caro, mais compensa correr riscos. Quando há oferta suficiente, não existe mercado paralelo. Pra que comprar quando se tem de graça? A melhor homenagem que parentes podem fazer a um ente querido que se foi é vê-lo ajudar ao próximo num órgão que permanece vivo.
Posted on: Fri, 20 Sep 2013 17:13:08 +0000
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