[...] O inferno dos vivos não é algo que será, se existe, é aquele que já está aqui. O inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço. ( CALVINO, 1990.) Considero importante que as pessoas lutem por melhores condições de vida. A prática da contestação por meio da agressividade descontrolada, não pode tirar a oportunidade de dizermos o que pensamos, como pensamos e de que forma achamos que as coisas poderão ser, resistindo, assim, às imposições, buscando encontrar meios de inventar novas saídas. Parabéns aos manifestantes de todas as cidades brasileiras que por meio das manifestações se abrem à sociedade maior, da qual fazem parte, se inserem como cidadãos, que tem seus deveres, mas támbém seus direitos e por isso exigem soluções, exigem seu direito à cidadania.
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 21:28:10 +0000
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