O noticiário massivo das solução milagrosas concebidas depois das manifestações populares, culminando, agora, com a proposta de plebiscito, faz-me lembrar o quanto o Congresso brasileiro foi leniente e desidioso no trato de temas relevantes para a República e para a cidadania. O vício das mordomias somado às negociata constantes com os interesses do Executivo deixou à margem a reforma política, a reforma tributária, a reforma penitenciária, a reforma judiciária e muitas aspirações que ficaram prejudicadas pelo interesses subalternos e pelos expedientes relâmpagos que têm sido a tônica da conduta do Parlamento. Agora, o plebiscito, num lapso temporal exíguo, mas, fundamentalmente, com questões de difícil compreensão até para àqueles que se dizem letrados e esclarecidos. Mas, o mais grave, deixando de fora a questão central: VOTO FACULTATIVO. Para o cidadão não seja obrigado ao contrassenso de ser compelido legalmente a exercer um DIREITO. Por que não se indagar ao povo se querem: Parlamentares trabalhando apenas dois dias; parlamentares viajando semanalmente às custas do erário; parlamentares recebendo verba de gabinete, passagens, alimentação, correspondência etc. Por que não se indagar se queremos continuar com a reeleição? E férias de 60 dias? E as negociações para a constituição de uma base aliada? E a reeleição indefinida dos Presidentes das Assembleias Legislativas? E por aí vai...
Posted on: Wed, 03 Jul 2013 00:54:59 +0000
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