O piscar dos grandes cílios e olhos alucináveis, recorda-me do que meu sábio mestre me ensinou pela manhã de uma Quinta-feira. Agora, o conceptismo de Padre Antônio Vieira me toca e assombra as minhas incontáveis noites de insônias, ansiedades e o abuso de meu uso literário na vida transitória. Afinal, hoje sei também, sabiamente e vigorosamente, que nossos dias nesta vida são contados pelo segundo que se passa de forma arrebatadora para quem pensa na morte. No meu caminho sufocado e disputado pela lucidez e insanidade, vejo que meu sentimento épico devora a razão, devora a rotina, devora a mim mesma. E sou louca assumida. Eu sou insana, incompleta e possuo mestria em agir sem a razão quando se trata do amor. O surrado amor que sinto, que guardo. O que nos mantém sem juízo. E ainda não me conheço, não te conheço, não conheço o amor e não sei onde ele nos levará... Concordo irreversivelmente com o sábio, dono dessa ideia. Eu digo, Renato Russo. Eu digo que não existe razão. Não existe agora. Um dia, quem sabe? Ninguém sabe... Maria Eduarda Oliveira
Posted on: Fri, 02 Aug 2013 01:54:29 +0000
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