O que é pecado? Verdades que o Pr. Dennis Priebe não disse. Tem - TopicsExpress



          

O que é pecado? Verdades que o Pr. Dennis Priebe não disse. Tem sido divulgado um vídeo do Pr. Dennis Priebe, evangelista do ministério adventista chamado “amazing facts”, legendado para o português, onde ele pretende elucidar o conceito de pecado usando a Bíblia e o Espírito de Profecia. Ele começa seu sermão dizendo que a decisão que as pessoas tomarão a partir da mensagem sobre em que consiste o pecado é “e decisão religiosa mais importante” que elas farão em suas vidas, lembrando-as que “dois evangelhos diferentes são construídos a partir da resposta a essa pergunta fundamental” (1:06-1:18). A partir dessa introdução ele passa a descrever aquilo que ele afirma ser duas definições diferentes sobre o tema na cristandade em geral, uma definição que reproduz as conclusões da maioria, e outra da minoria. E então ele passa a descrever essas duas definições diferentes. “Definição A: Pecado original, um termo teológico: ‘pecado como natureza’”. Após enunciar a primeira definição ele pergunta: “O que isso quer dizer ‘precisamente’?” (01:32-01:37). Sua resposta se estende do minuto 01:39 até 03:16 e inclui as seguintes afirmações: “Somos pecadores, não por que dizemos, ou fazemos, ou pensamos coisas erradas. Somos pecadores por que herdamos um ‘equipamento’ ruim, uma natureza caída, e permanecemos condenados perante Deus por termos essa natureza caída mesmo que tomemos a decisão de dizer não a essa natureza caída”. “Permanecemos pecadores por que temos tal natureza”. “Essa é a definição ortodoxa em todo o mundo cristão. Isso é o que a maioria dos cristãos que o pecado é”. “Nascemos pecadores é o mantra que acompanha essa crença”. “Pecado é a maneira como somos por causa da nossa própria natureza”. “Essa é a definição A”. Após essas sentenças ele faz duas citações daqueles que subscrevem à definição A de pecado e afirmam que “o homem não se perde por cometer pecados, mas por nascer de Adão e já estar condenado nele”. Depois cita “outra pessoa” que afirma cometermos pecado por sermos pecadores, e não o contrário. O Pr. Priebe não cita as fontes de onde retira suas “citações” sobre as conclusões dos defensores da definição A, mas em sua desatenção inculposa “esquece” de mencionar que na Igreja Adventista do Sétimo subscreve claramente à definição de pecado como envolvendo a própria “natureza humana” e não simplesmente seus comportamentos e escolhas como Dennis Priebe ensina. Veja as seguintes afirmações: “A NATUREZA humana pode ser descrita como corrupta, depravada e inteiramente pecaminosa.” (NISTO CREMOS, p. 115); “A história revela que os descendentes de Adão compartilham da pecaminosidade de sua NATUREZA.” (NISTO CREMOS, p. 115); “A corrupção do coração humano afeta a pessoa em sua totalidade” (NISTO CREMOS, p. 116); “Já herdamos nossa pecaminosidade básica” (NISTO CREMOS, p. 116); “A universal pecaminosidade da raça humana constitui evidência de que, por natureza, tendemos ao mal, e não ao bem” (NISTO CREMOS, p. 116); “Não nos é possível herdar a vontade originalmente não pervertida que [Adão e Eva] perderam quando falharam na grande prova” (CAIRUS, 2001, p. 244); “O pecado não se restringe a atos individuais, mas é retratado como um ESTADO DE SER” (FOWLER, 2001, p. 277); “Uma natureza corrupta e pecadora produz atos pecaminosos.” (FOWLER, 2001, p. 277); “Os seres humanos não são pecadores porque cometem pecado; PECAM PORQUE SÃO PECADORES” (FOWLER, 2001, p. 278). Lembre-se que o Pr. Priebe gastou menos de dois minutos para definir o conceito de pecado como natureza após sua pergunta retórica sobre o que esse conceito poderia querer dizer “precisamente”. Entretanto, em sua resposta sobre tal conceito, além de “esquecer” de avisar que a IASD crê em tal definição, ele comete várias imprecisões em sua caricaturização do conceito de pecado como incluindo a própria natureza humana e não apenas seus comportamentos e escolhas plenamente conscientes. Sua afirmação: “somos pecadores, não por que dizemos, ou fazemos, ou pensamos coisas erradas. Somos pecadores por que herdamos um ‘equipamento’ ruim, uma natureza caída, e permanecemos condenados perante Deus por termos essa natureza caída mesmo que tomemos a decisão de dizer não a essa natureza caída” simplesmente não é correta. Uma afirmação mais correta nessa direção seria: “seres humanos foram feitos pecadores, em primeira instância não pelos seus próprios pecados, mas pelo pecado de Adão (“pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores” diz a Palavra de Deus em Romanos 5:19). Romanos 5:19, entretanto, não significa que todos os seres humanos não sejamos culpados de pecado em nível pessoal uma vez que Romanos 5:12 também diz: que “a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” Somente esses dois versos de Romanos já desmascaram completamente o fundamento do sermão de Dennis Priebe por várias razões. Ele afirma não haver pecado enquanto não há luz sendo rejeitada, o que abre espaço para que MUITOS SERES HUMANOS tenham passado por esse mundo “sem pecar”, especialmente aqueles que morreram poucos dias após seu nascimento e não escolheram conscientemente fazer nenhum pecado, Ele chega a afirmar que “Bebês NÃO SÃO PECADORES” (37:11-37:14). Diante disso, Romanos 5:12 e seu o famoso “todos pecaram” é apenas uma mentira!!! Mas tem mais problemas com base em Romanos 5:12. O Pr. Priebe afirma que a morte é um mal inocente que passou aos homens pelo pecado de Adão e não pelos seus próprios pecados. Ele faz isso na tentativa de tornar a morte um resultado inocente advindo do pecado de Adão e não uma consequência do pecado humano conforme indica Romanos 6:23, o que o levaria a precisar admitir que crianças muito jovens (desde o ventre, aliás) “pecam” uma vez que elas estão sujeitas à morte, o que seria uma dificuldade intransponível para o estreito conceito de pecado que ele defende. Mas Romanos 5:12 claramente liga a “morte” de todos aos pecados de cada um pessoalmente, "a morte passou a todos porque todos pecaram." Vou escrever mais sobre esse assunto, mas isso já basta para provar a legitimidade das minhas acusações à mensagem pregada por Dennis Priebe. FOWLER, John M. Pecado. In: Dederen, Raoul (Ed.). Tratado de teologia adventista do sétimo dia. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011. NISTO CREMOS. (Ed. LESSA, R. S. e outros) Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008.
Posted on: Mon, 26 Aug 2013 01:08:39 +0000

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