O texto que se segue seria para publicar antes do acto eleitoral - TopicsExpress



          

O texto que se segue seria para publicar antes do acto eleitoral de hoje na Cidade de Braga e que é a minha Cidade. Mas para não “andar com o carro à frente dos bois”, resolvi adiar a sua publicação para agora, quanto mais não fosse pela importância do testemunho público dado pelo Eng.º Mesquita Machado, Presidente da Câmara Municipal de Braga e também para dizer de minha justiça sobre o FUTURO que se avizinha para os Bracarenses e nesta hora de Mudança dos protagonistas. TESTEMUNHO DE MESQUITA MACHADO- 1976-2013 1. Na habitual conferência de imprensa depois da reunião camarária, o líder da oposição, Ricardo Rio, salientou que "apesar das muitas divergências", o "correcto" é agradecer a Mesquita Machado(MM) por "tudo aquilo que fez de bem" pelo concelho( 26 de Setembro de 2013 | Por Lusa Comentário 1: Um agradecimento só possível a partir de um opositor , como Ricardo Rio (RR), e que demonstra apurado sentido de responsabilidade relativamente ao seu provável antecessor, MM, na Presidência do Município de Braga. Reconhece RR o importante papel que MM teve no pós 25 de Abril à frente do Município, sabendo-se que Braga sempre esteve na ribalta em questões essenciais de desenvolvimento e qualidade de vida. Não vou aqui comentar a apreciação que MM faz indirectamente ao seu antecessor (Santos da Cunha), visto serem figuras incomparáveis e que assumiram funções políticas em regimes políticos diametralmente opostos. Aliás, nos idos anos 60 do século passado, não senti, por Braga, que se vivesse na “Idade da Pedra”, pois comparando-o com outras cidades do país a diferença era já à época abissal... 2. Depois de ter presidido a "mais de mil reuniões", Mesquita Machado disse ainda que vai dedicar o tempo a tarefas familiares e prometeu que, "como diz o outro", vai "andar por ai", na também habitual conversa com os jornalistas após as reuniões do executivo. Comentário 2: MM faz bem em não se reformar da política(!), pois seria um desperdício para a CIDADANIA, se não souber aproveitar a sabedoria acumulada por um autarca que presidiu aos destinos do Município, sendo difícil, para todos, fazer-se tábua rasa desses 37 anos que a história naturalmente registará... E não se venha com o epíteto de considerar a criatura um instrumento activo de venalidade, porque nessa matéria as responsabilidades estão repartidas pelos diversos agentes usufrutuários da gestão MM e seus Pares. Necessário se torna, pois, garantir transparência na coisa pública, ainda que os usufrutuários sociais vão também estar por aí, quanto mais não seja por obrigação de ofício e que até possam continuar a ser exigentes... 3: "Não é fácil resumir 37 anos de trabalho. O principal que consegui foi o desenvolvimento harmonioso que se conseguiu fazer, e com qualidade de vida, para todo o território de Braga. Não cresceu só a cidade, o que fez com que a população das zonas rurais se fixasse nessas freguesias e não fosse tentada a mudar-se para a cidade", disse. Comentário 3: MM confirma uma realidade: o mundo rural bracarense continua a ter identidade e em boas condições orgânicas para uma esperada reabilitação cuidadosa, tendo-se verificado, porém, algumas más intervenções no núcleo urbano da Cidade ” e que foram habitadas sobretudo por gente vindo de outros municípios. Foi uma opção de desenvolvimento acertada, pois apesar de alguns erros urbanísticos (Lamaçães, por exemplo) e que agora apenas poderão ser corrigidos em processo de reabilitação. Por outro lado, evitaram-se outros problemas - também eles maiores! - como os resultantes de uma urbanização extensiva do mundo rural envolvente e que imperou , por exemplo, no Vale do Ave... Claro que a reabilitação urbana nas freguesias terá que prosseguir, agora, de modo que os centros históricos no seu todo possam reconfigurar o policentrismo histórico que a “Bracara Augusta” do século XXI nos exige. Ainda vamos a tempo, julgo! 4. Mesquita Machado recordou como era o concelho em 1977, data em que ganhou as primeiras de dez eleições autárquicas. "Encontrei o concelho de Braga praticamente na idade da pedra, sem escolas, sem saneamento, sem transportes em condições", disse. Segundo o autarca, "a grande obra foi desenvolver Braga em todas as vertentes e em todo o território". Por isso, disse, o sentimento é de obra feita. "Sentimento de dever cumprido. Já o disse, realizei aquilo que era absolutamente necessário", afirmou, comovido, Mesquita Machado. Comentário 4: Uma característica que não só respeitava a Braga, mas à generalidade dos municípios, o que releva a importância do poder local no processo de desenvolvimento geral do país, apesar de erros urbanísticos e ambientais cometidos. Alguns deles poderiam ter sido evitáveis, mas o essencial julga-se acautelado e haverá que encontrar um novo paradigma, sobretudo no plano social e económico. 5. Naquele que foi o momento de encerramento de um ciclo, o principal opositor de Mesquita Machado nos últimos oito anos, Ricardo Rio, lembrou que o autarca "nunca deixará de estar associado a um período relevante" da história de Braga. "Há que ser verdadeiramente correto. E correto é dizer que, sem prejuízo das muitas divergências que temos em matéria da gestão municipal, seja do ponto de vista do investimento, seja da própria forma como lidou com alguns assuntos, temos que deixar uma palavra de agradecimento por aquilo que ele fez de bom pela cidade", disse. Para Rio "não foi tudo bom, há um saldo final que a História se encarregará de avaliar". Comentário 5: Assertivo, pois, independentemente de MM ter criado um ecossistema social portador de diversos vícios e alinhamentos oportunistas difíceis de centrifugar, mas que também se devem imputar, em parte, às debilidades da oposição democrática, que demonstrou falta de eficácia no papel que lhe caberia assumir na Pólis. 6. Quanto ao futuro, os dias de Mesquita Machado vão ser preenchidos com "afazeres" familiares. "Onde me podem ver? A passear no novo parque do Picoto, na porta da escola dos meus netos, vou dedicar mais tempo à família", explicou. No entanto, o primeiro presidente da Câmara Municipal de Braga da era democrática, e único, até agora, deixou um aviso: "Como diz o outro, vou andar por aí". Comentário 6: E vai ser, sobretudo, acicatado para VOLTAR a fazer política, como qualquer “dinossauro” que se preze e que não se reforma como político... Faltar-lhe-á, porventura, ecossistema social ajustado e para o voltar a fazer nos mesmos moldes. Tudo vai depender, obviamente, da qualidade da próxima maioria residente no Município de Braga, seja ela liderada por qualquer dos candidatos posicionados para tal...!!!
Posted on: Sun, 29 Sep 2013 19:00:19 +0000

Recently Viewed Topics




© 2015