O trabalho de investigação de Rafael Marques é já bem - TopicsExpress



          

O trabalho de investigação de Rafael Marques é já bem conhecido, sobretudo através dos canais de comunicação on-line. É ele um dos principais responsáveis por denunciar e divulgar os esquemas de corrupção que envolvem as mais altas esferas do poder em Angola, bem como as empresas e entidades estrangeiras que com ele negoceiam. Na região do Cuango, a situação é trágica. Para benefício dos que exploram os diamantes, as populações são mantidas em condições de quase escravatura, sendo torturadas, assassinadas, roubadas e impedidas de manter quaisquer actividades de auto-subsistência. As autoridades e o governo ignoram os crimes, as forças armadas e policiais são não só coniventes como também protagonistas desses crimes. bertrand.pt/ficha/diamantes-de-sangue?id=10967124 vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv Muitos jovens Lundas morreram devidos dos diamantes, varias denuncias feitas pelo activista e investigador Rafael Marques, na qual resultou uma calamidade nas Lundas, tambem viveu-se momentos cruciais varias camponesas foram mortas barbaramente naquela zona mineira e como vem um cidadao que em vida se chamou de Apolinario Kavukila um dos vitimas pela segurança Bikuar na zona de garimpo vila de Cafunfo. Tambem varias casas de compra de diamantes, na Lunda Norte diariamente entra mais Cerveja, Vinho, maquinas de exploraçao de diamantes do que materiais didactico para formaçao do homem futuro. Vem este artigo a propósito de um documentário que eu vi, ontem à noite, no Canal de História. Chamava-se Diamante de Sangue. O terrifíco cenário apresentado, até porque Angola foi a terra da minha juventude, à qual me ligam sentimentos profundos, fez-me pensar que seria bom falar disso. Aqui vai: Nas décadas de 1980 e 1990, alguns países da África ocidental e central, desintegraram-se num banho de sangue de torturas, assassinatos e guerra civil. A carnificina foi motivada pelo comércio ilegal de pedras preciosas. São os diamantes que adornam os dedos de milhões de pessoas em todo o mundo. As enormes somas de dinheiro e armas que se trocaram por diamantes contribuíram para criar duas das guerras civis mais sangrentas de África e provocaram atrozes ataques contra os direitos humanos dos civis. Por este motivo, as pedras preciosas chegaram a ser conhecidas como os diamantes de sangue ou os diamantes do conflito. Os “diamantes de sangue” alimentam conflitos, guerras civis e violações dos Direitos Humanos. Durante estes conflitos, as receitas do tráfico de diamantes ascendem a biliões de dólares e têm sido usadas pelos senhores da guerra e pelos rebeldes para comprar armas. Estima-se que 3.7 milhões de pessoas morreram devido ao conflito causado pelos diamantes em Angola, na República Democrática do Congo (RDC), na Libéria e na Serra Leoa. Enquanto que as guerras em Angola e na Serra Leoa terminaram e as lutas na RDC diminuíram, o problema do conflito dos diamantes ainda não acabou. Apesar de existir um esquema internacional de certificação de diamantes, chamado Processo de Kimberley, que foi lançado em 2003, o conflito dos diamantes da Costa do Marfim encontrou um novo caminho através do Ghana para o mercado internacional dos diamantes. Como mostra o conflito na Serra Leoa, mesmo um pequeno número de diamantes pode originar uma enorme devastação num país. Entre 1991 e 2002 mais de 50.000 pessoas foram mortas, mais de 2 milhões deslocadas do país ou feitas refugiadas e milhares foram mutiladas, violadas e torturadas. Hoje, o país está a recuperar das consequências do conflito. Na Serra Leoa e em Angola a guerra acabou mas, apesar da riqueza dos diamantes, ouro e bauxite, titânio, etc., subsistem muitos males que a geraram: desemprego, pobreza, corrupção, mau governo, juventude sem esperança; 70% dos seis milhões de nascidos na Serra Leoa tem menos de um dólar por dia. Freetown, a capital, é um campo de refugiados que transborda pobreza selvagem (Hala Jaber, no Sunday Times). ...conduzida por um bando de rebeldes que um militar saído dos campos de treino na Líbia chefiou, a guerra implicou dezenas de milhares de crianças- -soldados recrutadas à força, e gerou onda de atrocidades tremenda: violações sistemáticas, mutilações (é costume na fúria dos guerreiros amputar mãos, pés e orelhas), deslocados e mortos . O esforço de manutenção da paz dirigido pela ONU fez asfaltar centenas de quilómetros de estradas e construir ou reabilitar 153 escolas e 76 hospitais; criaram escolas especiais para recuperação das crianças-soldados. Mas o desespero persiste: O fosso entre ricos - que controlam o poder político e o negócio dos diamantes - e a grande massa do povo é cada vez maior. Mais de metade da população têm menos de 35 anos e o desemprego ronda os 80%. (Lydia Polgreen, no The New York Times) O lançamento, em 2006, do filme “Diamante de Sangue”, de Edward Zwick, realizador de O Último Samurai e Tempo de Glória, é a oportunidade de relembrar aos governos e à indústria dos diamantes, que têm de assegurar que os diamantes proveniente de zonas de conflito não devem encontrar forma de entrar no mercado de consumo. Com o cenário da guerra civil da Serra Leoa, o filme conta a história do encontro do mercenário Danny Archer, que contrabandeia os diamantes de sangue (usados para financiar a compra de armas para a guerra), Solomon Vandy, um pescador que é separado da família por um dos ataques do grupo rebelde (Frente Revolucionário Unido) e vai para uma mina de diamantes, onde encontra um raro e grande diamante rosa, e da jornalista idealista Maddy Bowen, que investiga sobre os diamantes de sangue e seu comércio ilegal. Tudo isso envolto numa aventura perigosa da caça ao diamante com cenas reais sobre a guerra, mostrando as decapitações de membros dos civis pelos rebeldes, as barbaridades a que são sujeitas as crianças-soldados e o alheamento do resto do mundo diante tais atrocidades. O pequeno vídeo de apresentação do filme, dobrado em português do Brasil, por ser visto a seguir: Neste endereço nada difere as regioes diamantifera das Lundas
Posted on: Thu, 10 Oct 2013 12:59:13 +0000

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