OMISSÃO DE SOCORRO! É incompreensível que a classe médica - TopicsExpress



          

OMISSÃO DE SOCORRO! É incompreensível que a classe médica brasileira, através de suas diversas entidades (Conselho Federal de Medicina, Conselhos Regionais e Associações Médicas as mais diversas) continuem criticando o programa "mais médicos" tão veementemente, inclusive ameaçando entrar na justiça para barra a implementação do mesmo, sob a alegação de que os médicos estrangeiros precisariam fazer o tal “revalida” para atuarem aqui no Brasil. Quando um médico presta o tal exame e é aprovado ele fica apto para trabalhar EM QUALQUER PARTE DO TERRITÓRIO NACIONAL, POR PRAZO INDETERMINADO. Os médicos que estão sendo contratados prestarão serviços em lugares previamente definidos (onde não existam médicos brasileiros) e por tempo determinado (três anos). Se fosse exigido o exame alegado pela classe médica, os estrangeiros poderiam, se assim entendessem, se negarem a ir para os tais lugares determinados e, além disso, findo o prazo estabelecido, poderiam pleitear a permanência aqui no Brasil. É simples, os médicos terão um registro provisório e em caráter precário para atuarem nos locais escolhidos pelo governo brasileiro. O mais grave de tudo isso é que os Conselhos Regionais estão ameaçando não fornecer o registro provisório, em total desobediência ao que determina a Lei. É o caso configurado de crime de desobediência civil, passível de processo penal. A atual situação que se encontra a saúde no Brasil realmente é muito precária e merece medidas urgentes e de caráter emergencial. É isso que o governo tenta fazer com o programa “mais médicos”. É uma solução provisória, temporal e para suprir necessidades urgentes da nossa população mais carente. É preciso ficar claro que os nossos médicos têm uma grande parcela de culpa pelo atual quadro da saúde do povo brasileiro, seja por omissão, seja por conivência ou mesmo por ação. Temos visto nos noticiários dos jornais e da televisão, médicos que marcam o ponto em hospitais públicos e vão prá casa ou para os seus consultórios particulares. Vimos também outros que tiveram a coragem de mandar copiar as suas digitais em moldes de silicone para que um marcasse a presença do outro. É vergonhoso que uma pessoa encarregada de cuidar da saúde do povo possa agir de maneira tão baixa. Vi que uma senhora (as senhoras que me perdoem chamar uma pessoa assim de senhora) chamada Micheline Borges, disse que as médicas cubanas tem cara de empregada doméstica. O preconceito desmedido foi dito por que as médicas são negras. Se fossem louras de olhos azuis vindas da Inglaterra, Estados Unidos ou que tais, seriam bem vindas, mas, negras vindas de um país pobre não pode de jeito nenhum. Foi o comentário mais idiota que vi sobre a vinda dos médicos estrangeiros. Não podemos esquecer que alguns médicos brasileiros vão se sentir ameaçados pelos novos médicos que estão chegando, como ocorreu em Fortaleza, onde um pequeno grupo de ricas recém formadas vaiaram e hostilizaram os médicos que estavam chegando de cuba. Para ilustrar como as coisas já não eram boas há mais de 40 anos, vou contar fatos que ocorreram no final da década de 1960 e início da década de 1970. O grande jornalista e escritor Sérgio Porto, que adotou o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, escrevia crônica diária para o jornal carioca Última Hora. Já naquela época a saúde no Rio de Janeiro e no Brasil era caótica e ele sempre mencionava o sofrimento do povo nas filas dos hospitais e o descaso de muitos médicos que pensavam mais em ganhar dinheiro que em atender os pacientes. A coisa era tão escancarada que ele passou a chamar a classe médica de “A máfia de branco”, e não cansava de falar no descaso da maioria dos profissionais da saúde. O Conselho Federal de Medicina, o Conselho Regional de Medicina e outras associações médicas exigiram uma retratação pública ou, caso contrário, iriam à justiça mover um processo contra o jornalista, por calúnia e difamação. O nosso Stanistaw não se fez de rogado. Além de publicar um resumo das reclamações recebidas, publicou outra crônica confirmando tudo que havia escrito anteriormente, com uma observação final: Os médicos brasileiros podem ficar tranquilo que eu nunca disse que todos os médicos são venais e só pensam em dinheiro, pelo contrário o que eu disse é que SÓ A GRANDE MAIORIA pensa assim. Nunca mais os órgãos representativos dos médicos escreveram para ele e também não tomaram qualquer atitude para processá-lo. Ficou o dito pelo dito e ninguém pode contestar uma verdade tão cristalina como aquela descrita em suas crônicas. Somente um hipócrita negaria a calamidade pública que se tornou a saúde no Brasil e mesmo aqueles que fizeram o juramento de Hipócrates (não confundir uma coisa com a outra) sabem que a situação0 requer uma operação de guerra para ontem e que precisamos de médicos nas pequenas cidades do interior e na periferia das grandes cidades pois, se assim não for, muita gente poderá morrer por falta de socorro. Finalmente acho que caberia uma ação criminal contra as pessoas que impedirem a chegada dos médicos, venham eles de onde vierem, sob a acusação de OMISSÃO DE SOCORRO, se a falta de um médico ocasionar o falecimento de algum paciente. Essa ação teria que ter como autor o próprio Ministério Público, a Prefeitura ou mesmo um familiar da pessoa prejudicada. Com esse atendimento precário que temos, principalmente para os mais pobres, dá para entender porque o nome do cliente do médico e de outros profissionais da área da saúde é:PACIENTE. Os clientes demais profissionais são chamados simplesmente de clientes. Senhores médicos, tenham um pouquinho de compaixão dos pacientes que clamam por um médico perto de suas casas e não prejudiquem a chegada dos seus colegas, venham eles de onde vierem. NOTAS: Recomendo a leitura dos livros de Stanislaw Ponte Preta, principalmente o FEBEAPÁ- Festival de Besteira que Assola o País. Além dos médicos ele era desafeto do Regime vigente no país à época, justamente por publicar livros como o ora recomendado. Etimologia da palavra hipócrita: a palavra se deriva do grego hypokrisía (hypokrisis, em grego classico) que era, precisamente, a arte de desempenhar um papel teatral. Cristalizou-se o sentido de falsidade da interpretação teatral do hipócrita, que se converte em alguém que finge sentimentos opostos aos que realmente experimenta, com o objetivo de enganar a alguém. OMISSÃO DE SOCORRO NÃO!!!!!
Posted on: Sat, 31 Aug 2013 01:00:13 +0000

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