Ocupação do Complexo do Lins: Estivemos, ontem, Comissão de direitos humanos, Advogados integrantes do Hc, Iddh, A Rede Contra Violência, Defensória Publica, outros ativistas sociais e de direitos humanos, cada um a seu modo, acompanhando, pela manha, a ocupação militar do Complexo do Lins, Rio de Janeiro. Esta presença em situações como esta, juntamente com a imprensa, e uma pratica que deve ser a constante por parte de todas entidades, instituicoes de direitos humanos, e mais ainda deveria fazer parte tambem da agenda do movimento sindical. Contudo o que desejo refletir neste pequeno texto e este padrão militar de ocupações militares, esta concepção de que para reprir o trafico deve-se converter os morros, favelas do Rio em áreas sob tutela militar, cuja instalação da UPP funciona assim como o posto avançado na comunidade de combate ao inimigo. E Amarillo que , se estivesse vivo, poderia certamente contar como exatamente funciona estas unidades militares. Mas alem disto, ate porque são muitos Amarildos, faz-se necessário indagar se nao estamos vivendo no RJ, como na Colombia ( e durante um período isto foi muito acentuado no Peru, sob o governo Figimori)) , o começo de um novo Estado no Brasil, uma nova modalidade de Estado de Direito, com praticas de ditadura, o que inclui reprimir jovens e professores nos atos públicos no centro do Rio de Janeiro , mas para alem disto também constitui uma nova forma de rescrever a constituição de 1988, apropriar-se inclusive do discurso de direitos humanos, para colocar a cavalaria nas vielas dos morros, como vi no Lins ( e também testemunhei no Haiti , em 2007, com os blindados nas favelas do pais( que e uma imensa favela); Mas não somente por si só ocupar os morros, tutelar via militar os bailes da juventude pobre e negra, mas sobretudo convencer a todos que isto e a solução para os problemas sociais que o capitalismo nao resolve a séculos e que, doravante, isto de chamara democracia. Para poucos.
Posted on: Mon, 07 Oct 2013 11:48:17 +0000
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