Operação combate rede de contrabando de agrotóxico Ação - TopicsExpress



          

Operação combate rede de contrabando de agrotóxico Ação recolhe produtos irregulares em diferentes municípios do Estado Uma ação da Polícia Federal interrompeu a atividade de um grupo que contrabandeava do Uruguai agrotóxicos sem autorização de uso no Brasil. Atraídos pelo preço até cinco vezes menor do insumo no país vizinho, agricultores do Estado encomendavam o produto da quadrilha, que usava uma propriedade em Guaíba, na Região Metropolitana, como base para a distribuição. Na ação de ontem, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Guaíba, Santa Cruz do Sul, Morrinhos do Sul, Bagé e Jaguarão. Desde o início dos trabalhos da Operação Ceifa, em fevereiro, 11 pessoas foram presas, sendo duas ontem, 14 carros apreendidos, além de um computador, documentos e notas. Antes de anunciar publicamente a ação, apreensões de agrotóxicos contrabandeados já tinham sido feitas entre abril e julho nos municípios de Pantano Grande, Osório, Camaquã, Arroio Grande e Santana da Boa Vista. Segundo Gustavo Schneider, delegado-chefe da Delegacia de Polícia Federal em Santa Cruz do Sul e um dos coordenadores da operação, o grupo que operava o contrabando era formado principalmente por agricultores. Para trazer o produto do Uruguai, afirma, era feita em média uma viagem por semana, e em cada uma eram transportados até 300 quilos de produtos ilegais. Arrozeiros seriam os principais compradores No período de investigação, mesmo sendo de entressafra de arroz, os produtores desse grão foram os principais demandantes dos insumos, mas, de acordo com Schneider, documentos vistos ontem apontam também o uso em outras culturas. Entre os principais agrotóxicos apreendidos estão o Rider e o Herbex. O primeiro é muito utilizado nas culturas de arroz e de hortigranjeiros para o controle de doenças da lavoura. O Herbex é utilizado para evitar o aparecimento de plantas daninhas. Os princípios ativos desses agrotóxicos, mancozeb, no caso do Rider, e metsulfurom-metílico, no Herbex, são autorizados no Brasil, mas os produtos estrangeiros não têm registro para venda no país. – Os produtos passam por testes, feitos pelo governo. Sem os testes, você não conhece o que está usando e as consequências para a saúde do agricultor e da população – explica o diretor de Defesa Vegetal da Secretaria Estadual da Agricultura, José Candido Motta. Schneider avalia que os produtos contrabandeados devem ter sido usados na lavoura. Segundo o delegado, os envolvidos podem ser enquadrados nos crimes de formação de quadrilha, contrabando e importação irregular. Além dos contrabandistas, pessoas que adquiriram os produtos ilegais devem ser investigadas. COMO FUNCIONAVA A LOGÍSTICA Do Uruguai para Guaíba e outros locais - Os agrotóxicos entravam no Rio Grande do Sul via Jaguarão e Bagé e eram destinados a uma propriedade em Guaíba, na Região Metropolitana. De lá, os insumos eram levados para diversos municípios. - Segundo a investigação da Polícia Federal (PF), cidades da Região Central e do Litoral Norte eram os principais destinos dos produtos contrabandeados. APREENSÃO EM ALTA - Em 2013, a PF já apreendeu cerca de 6,6 toneladas de defensivos agrícolas irregulares no Rio Grande do Sul, número superior ao registrado em todo o ano passado, de 4,2 toneladas. - Em 2012, a Secretaria da Agricultura retirou do mercado pouco mais de 1,2 tonelada de agrotóxicos irregulares, 79% vindos do Uruguai. O Herbex representou pouco mais de 20% das apreensões.
Posted on: Fri, 20 Sep 2013 14:33:52 +0000

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