Os dois constituintes para uma autêntica humanização do individuo Permitam- me argumentar aqui dois constituintes para uma autêntica humanização do indivíduo. Estes constituintes enobrecem todo o ser humano, fazendo com que ele se plenifique ao longo do existir, mas para isto tem que haver toda uma estrutura feita para que dê a eles estas possibilidades de se plenificarem o seu existir. Primeiramente como foi aprendida na aula de cultura religiosa a melhor definição de ser humano, no qual eu coloco também como o primeiro constituinte forma a personalidade do indivíduo concreto, é a definição de Boécio: “Persona et rationalis naturae individua substantia ( a pessoa é uma substância individual de natureza racional)”. Para Boécio o homem é definido pela sua ipseidade, ou seja, pela sua identidade própria totalmente individualizada própria de cada um. Mas o homem não realiza plenamente sua humanidade neste constituinte apenas que é a sua ipseidade ou identidade própria individualizada de cada indivíduo em particular. O ser humano também é pessoa humana, um ser espiritual que transcende o universo, ou seja, está totalmente aberto e é capaz de entrar em comunhão com outras pessoas. Na condição de pessoa humana, aberta a transcendência e a vivência comunitária com os seus semelhantes, faz com que o indivíduo se realize mais autenticamente o que é próprio da natureza humana, mas para isto como já havia mencionado mais acima sobre as estruturas que devem ser estabelecidas para esta convivência, irei expô-las mais claramente para que seja razoavelmente entendida. O ser humano na abertura para com o outro que é seu semelhante, efetuando tal abertura constitui a sociedade, mais vai depender muito se esta convivência social irá proporcionar a realização de toda a comunidade humana ou simplesmente promover a se mesmo, sendo apenas alguns que se realizam autenticamente sua natureza humana, enquanto outros são impedidos se realizarem uma vez que determinadas estruturas implantadas impedem a realização plena de todos os indivíduos, pois está a serviço de uma minoria apenas. Portanto, para que o ser humano se realize plenamente, tem que ser aberto ao seu semelhante, e estando aberto ao seu semelhante surge a sociedade, mas para ser uma sociedade onde todos os seres humanos sem nenhuma exclusão se realizem plenamente, deve haver estruturas caracterizadas com os seguintes aspectos: Fraternidade, solidariedade, respeito, tolerância, etc. com estas estruturas ou sistemas implantados ocorrem possibilidades de uma sociedade livre e plena, pois todos os indivíduos nas suas relações intersubjetivas são totalmente livres e felizes, pois têm condições de se realizarem de forma mais autêntica as possibilidades próprias da natureza humana aberta a comunhão.
Posted on: Thu, 26 Sep 2013 19:24:08 +0000
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