Oxitek News – 18 a 22 de Novembro de 2013: Crescimento - TopicsExpress



          

Oxitek News – 18 a 22 de Novembro de 2013: Crescimento acelerado da indústria naval brasileira O mercado segurador observa com muita preocupação o crescimento acelerado da indústria naval brasileira. Está é a opinião da diretora da Aon, Maria Helena Carbone, para quem o crescimento do risco por unidade (embarcação) é bastante elevado. Como exemplo, citou o caso de uma embarcação da empresa Maesk Triple-E, que representou um risco (sinistro), até o momento, de US$ 1,8 bilhão em um único navio. “É dessa maneira que o mercado segurador analisa o crescimento da indústria naval, que concentra mais risco em menos unidades e mais tonelagem”, ressaltou Produtos: Durante workshop Seguro de Cascos Marítimos promovido pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) realizado na terça-feira na Escola Nacional de Seguros (Funenseg), a especialista, ao falar sobre “Seguros marítimos condições norueguesas e a regulação de sinistros”, defendeu sua tese ao apontar o modelo nórdico como o melhor para o mercado segurador do que o brasileiro que, segundo ela, é uma cópia do inglês. Segundo explicou, a navegação no mundo está em franco desenvolvimento e é muito dinâmica, motivo que a levou citar a condição norueguesa que já está disponível no mercado interno. “É um produto muito interessante e muito bem desenvolvido, considerando com menor número de gaps para o interesse do segurado, equilibrando a relação entre segurador e segurado. Só que no Brasil este produto ainda está engatinhando na utilização dessa condição”. Diferença: A grande diferença entre o sistema nórdico e o inglês, segundo ela, se trata do All risk, ou seja, uma apólice que cobre todos os riscos desde que não estejam excluídos na apólice. Essa modalidade, explicou, traz uma segurança maior uma vez que, se surgir uma situação nova - uma bactéria corroer o aço de um casco de um navio e que até hoje não é conhecida -, o seguro paga, é coberto porque não está excluído. “É uma apólice pró-ativa. A nossa é restritiva, pois tudo tem que estar denominado na apólice. Tem outra característica. A nórdica é revista de três em três anos para cumprir os procedimentos necessários da dinâmica do mercado de navegação, que muda a cada ano numa velocidade grande”, disse, acrescentando que o modelo brasileiro é estático. “Tudo que for alterado é por endosso e acaba ficando uma apólice confusa com muitos remendos, enquanto que a outra evolui sempre em comum acordo entre as partes envolvidas”, ressaltou Maria Helena Carbone. Maior desafio: A executiva da Aon frisou que o maior desafio do mercado segurador não é criar uma nova legislação para adotar o que há de mais moderno e que já está sendo utilizado no Brasil por algumas empresas para facilitar a “vida” do segurado. Essas medidas, segundo ela, poderiam ser adotadas no Brasil da mesma maneira que são usadas no exterior, com pequenas adaptações na legislação brasileira. Que ficariam a cargo da Susep e das seguradoras. “A Susep tem autorizado a utilização dessa modalidade, mas precisa nos ajudar a adaptá-la ao Brasil. Talvez nós tenhamos que reduzir as alterações que ainda são feitas, se for possível, para atender as normas brasileiras”, disse. Prestar serviços: Maria Helena Carbone lembrou que a preocupação do mercado segurador nórdico não se baseia em ser o mais barato mas, sim, o melhor, ou seja, prestar serviços. “Não é só vender o seguro. É apoiar porque a empresa de navegação se preocupa em navegar, que é o negócio dela. Sinistros, muitos deles não sabem como lidar. Se o segurador souber como apoiá-los, vai ajudar muito na solução dos problemas e torná-los mais barato”. Já Salvador Picolo, da Picolo e Associados Marine and Cargo Surveyors, que também participou do evento, tem uma visão um pouco diferente de Maria Helena Carborne. Conforme afirmou, o segurador é, antes de tudo, um vendedor de apólice de seguro no entanto, que deve atuar dentro dos limites impostos pelo segmento de mercado que atua. Avaliação do risco: “O mercado vê de uma maneira muito boa o crescimento do setor naval, que será o mantenedor do seu negócio mas dentro dos limites impostos pelo mercado”. Picolo fez questão de ressaltar ao MM que o principal problema do mercado segurador em relação ao setor naval, hoje, diz respeito, em alguns casos, da falta de avaliação do risco anteriormente. Esse ponto, segundo ele, tem sido o grande problema encontrado dentro do mercado brasileiro e mundial, aonde sua empresa também atua. “A tendência é que isso seja corrigido, principalmente pela parte financeira que está sendo muito afetada. Acho que num futuro bem próximo os seguradores devem fazer alguma legislação para impor algumas condições específicas”, enfatizou.
Posted on: Fri, 22 Nov 2013 19:13:08 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015