PAGU: Patrícia Rehder Galvão, nasceu em 9 de junho de 1910 em - TopicsExpress



          

PAGU: Patrícia Rehder Galvão, nasceu em 9 de junho de 1910 em São João da Boa Vista, São Paulo, conhecida pelo apelido de Pagu. Diferente das moças de sua época, Pagu usava blusas transparentes, fumava na rua e dizia palavrões, aos 15 anos, passa a colaborar no Brás Jornal, assinando Patsy. Apresentada aos artistas Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, Pagu aos 18 anos se integra ao movimento antropofágico, de cunho modernista. Após 2 anos casa-se com Oswald e tem seu primeiro filho, Rudá de Andrade. Junto ao seu marido inicia na vida política, tornando-se militante do Partido Comunista. Jovem, bonita e burguesa, Patricía Galvão não necessitava de lutar pelos direitos da sua classe que era a mais favorecida, porém resolveu lutar por aquilo que acreditava. Aos 20 anos incendiou o bairro do Cambuci em protesto contra o governo provisório. Comanda uma greve de estivadores em Santos, e é presa pela primeira vez, das 23 que ainda iriam ocorrer, tornando-se a primeira mulher presa no Brasil por motivos políticos. Nesse mesmo dia perde um amigo estivador, morto em seus braços pela polícia. Em 1933 publica o romance Parque Industrial, sob o pseudônimo de Mara Lobo, considerado o primeiro romance proletário brasileiro. Nesse mesmo ano partiu para uma viagem pelo mundo, quando estréia como repórter, deixando no Brasil o marido Oswald e seu filho. No ano de 1935 filiou-se ao PC na França, onde também fez cursos na Sorbonne, em Paris, lá é presa como comunista estrangeira, com identidade falsa, ia ser deportada para a Alemanha nazista, quando o embaixador brasileiro Souza Dantas conseguiu mandá-la de volta ao Brasil. Separa-se definitivamente de Oswald e então retoma a atividade jornalística, mas o passado não a deixa retornar tranquilamente, e é novamente presa e torturada pelas forças da Ditadura, ficando na cadeia por cinco anos. Desligou-se do PCB em 1940, assim que saiu da prisão. Adere ao trotskismo e incorpora à redação do jornal A Vanguarda Socialista, iniciando em 1946 a sua colaboração regular no Suplemento literário do Diário de S. Paulo. Em 1945 Patrícia casou-se com Geraldo Ferraz, jornalista da A Tribuna de Santos, cidade na qual passaram a viver. Nasce seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz. Nessa mesma época viaja à China e obtém as primeiras sementes de soja que foram introduzidas no Brasil. Ainda trabalhava como crítica de arte, quando foi acometida de um câncer. Viaja a Paris para se submeter a uma cirurgia, sem resultados positivos. Decepcionada e desesperada por estar doente, Patrícia tenta suicídio, o que não se concretizou. Volta ao Brasil e morre em 12 de dezembro de 1962, em decorrência da doença, para total tristeza de marido e filhos. Fonte: Núcleo de Estudos de Gênero – Unicamp, pagu.unicamp.br Kacá Patricio – Equipe História Agora
Posted on: Sat, 14 Sep 2013 15:31:02 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015