PENSAMENTOS DEMOCRÁTICOS (“HIPNOSE” PARTIDÁRIA) (1) Na - TopicsExpress



          

PENSAMENTOS DEMOCRÁTICOS (“HIPNOSE” PARTIDÁRIA) (1) Na sequela a decorrer em vários micro-climas politico partidários, surgem várias questões, outros “Case study” para testarmos a nossa sapiência e “criatividade” política, e ainda bem! (2) Será ético um eleito manter-se em funções caso tenha sido apoiado por um partido e se tenha desfiliado? Será ético um militante apoiar um independente? A organização partidária deverá “expulsar” os militantes que apoiem independentes ou outras organizações partidárias? Será que a organização partidária, é em si, um fim último?! Ora vejamos... I. LEGITIMIDADE E ÉTICA (3) Tirando a duvida dalgumas mentes, é claro que, quem elege é o “povo” através do sufrágio, no entanto, tambem é verdade que sem o apoio dos partidos, muitos nem sequer podiam almejar a entrar no “combate” autárquico, dado, ser necessário, apoios logísticos e financeiros para uma campanha digna e respeitável. São raros os casos em que os “interesses” privados apoiam candidaturas independentes, sendo por norma, exclusivo, para os que têm obviamente, potencial para vencer! (4) Também é verdade que os partidos devem “exigir” aos militantes o respeito pela Declaração de Principios bem como o cumprimento dos Estatutos internos. Claro está, em regra, os Estatutos, têm somente valor entre os camaradas, embora, como é compreensivel, a ética deverá ser um principio de conduta, tanto internamente, para o partido, como externamente, para a sociedade. II. “IMAGEM” PESSOAL E PARTIDÁRIA (5) A “imagem” duma organização partidária representa no sub-consciente coletivo, o “registo” dum ideal em que, normalmente, e de forma natural, as pessoas associam de imediato o candidato aos principios defendidos pela organização em questão. Assim, à partida, o símbolo partidário é a garantia dum eleitorado fidelizado. Tanto é verdade, que sob a máscara da incompetência e do “vazio” intelectual e político, muitos candidatos foram “eleitos”, basicamente pela “imagem” associada ao partido. (6) Tambem acontece a “escolha” ser baseada somente na “imagem” da pessoa, pelo carisma, outros, pela sua aparência “juvenil”, representando a expectativa duma esperança e renovação, em deterimento dos caciques e “velhos do restelo”, que ao longo do tempo, vão “cristalizando” as estruturas. Neste caso impera a “coragem” e nem todos são bem sucedidos. III. INDEPENDENTES “UMA MAIS VALIA!” (7) Qualquer cidadão tem potencial, se assim o entender, de defender as suas convicções, como é o caso dos independentes, sendo frequente as máquinas partidárias, aliarem-se, ou mesmo convidarem determinadas personalidades de destaque a elencar as suas listas. E pergunto, qual o mal disso! (8) Se um partido pode convidar um independente, porque não pode um independente ser apoiado por um, ou mesmo, vários partidos. Tudo depende, acima de tudo, dos argumentos. (9) Tambem há uma outra perspetiva, e pego na luta partidária, frequentemente associa-se a ideia que um partido luta contra outro, e seguindo o mesmo raciocínio, os independentes lutam contra os partidos, ou, na sumula da lógica, todos lutam uns contra os outros. Partindo doutra perspectiva, existem acordos e coligações, que defendem, à partida principios distintos, mas a bem da nação, o bem comum deverá prevalecer perante os interesses “egoistas” das organizações. (10) Mas tambem, o cidadão comum poderá ter outra perspectiva, qual o partido que merece o seu voto! O partido da esquerda, do centro, da direita, do independente, ou nenhum. Muitas vezes o cidadão não vê nenhuma “luta”, vê somente o que pode ser melhor para si e para a sua comunidade! E isto só pode ser feito através de programas e compromissos assumidos perante o eleitorado. Ninguem tem, penso, a “verdade” (perspectiva) absoluta! Penso, os verdadeiros e legitimos vencedores são sempre aqueles que, de alguma forma, conseguem acrescentar alguma mais “valia” à comunidade, sejam candidatos independentes ou partidários. IV. LUTA ENTRE O “BEM” E O “MAL” |“HIPNOSE” PARTIDÁRIA (11) Muitos ao serem movidos pelo interesse partidário, pela “afinização” dos ideais, têm no seu subconsciente, uma “matrix”, um “sonho” social. Na crença e na esperança que os partidos são a salvaguarda e a “ferramenta”, que permite, e utilizo a metáfora, combater, de forma legitima, e aparentemente sintonizada com os eleitores, a batalha entre a “esquerda” e a “direita”, a eterna guerra entre os opostos, a luta entre o “bem” e o “mal”. Aliás, na esperança que o “bem” possa triunfar, muitos militantes quase que de forma lirica e “cega”, esquecem o verdadeiro interesse da eleição, apoiando-se somente na decisão partidária, e neste contexto, no limite, aquilo que seria inadmíssivel, passa a ser tolerado, com vista, ao ultimo objetivo, a vitória do “bem” sobre o “mal”. O ultimo grau de hipnose. (12) Claro está, outros, mais realistas, vêem a vitória de determinada cor, como uma forma de “realizar” os seus objetivos e interesses pessoais, dando apoio, para posteriormente “resgatar” o “favor”. (13) Embora tudo questionável, considero, tudo legítimo! V. ACORDOS “PARALELOS” E “ERROS” PARTIDÁRIOS | INGRATIDÃO (14) De facto, penso, para além dos ideais, os representantes partidários têm uma responsabilidade redobrada, uma vez que, para além do crivo eleitoral, são tambem, alvo de contínua exigência por parte dos militantes, e quando estes, se tornam incapazes de corresponder às ambições partidárias, rapidamente, a estrutura, procede à sua substitutição. (15) Muitas vezes estas estruturas erram em determinadas escolhas, é normal, afinal de contas as decisões são tomadas por pessoas. No entanto, o “escudo” partidário é tal, que permite abarcar um imenso somatório de erros, comparativamente a uma “personalidade”. Por norma, o efeito egrégora prevalece sobre o individual, é um facto. (16) Caso o partido e o candidato eleito tenham efectuado um “pacto” ou “acordo” prévio, em que, a desfiliação seria um factor obrigatório para a demissão do cargo, penso, isto sim, seria uma “fraude” eleitoral e de cidadania. O voto do “povo” deverá ser soberano, tudo o mais, tem a ver com a consciência de cada um. (17) Tambem é preciso não esquecer, que se determinado militante “ajudou” o partido a atingir determinado objectivo, este, não deverá esquecer que foi ajudado. A ética não existe só num sentido, do militante para o partido, o recíproco tambem é verdade. A ingratidão e a injustiça andam muitas vezes, de braços dados. VI. PRINCIPIOS | PLURALISMO DEMOCRÁTICO (18) Penso que qualquer partido defende principios sublimes e totalmente dignos, a exemplo, a Solidariedade, a Justiça Social, entre outros, no entanto, ao perguntarmos a várias pessoas sobre um caso concreto (e acrescento, com alguma complexidade), se foi aplicada a devida solidariedade e justiça social, convenhamos, teremos sempre versões diferentes. Aliás, se perguntarmos o que é uma política de esquerda ou de direita, se calhar muitos ficariam no “centro”!! (19) E caso alguém se situasse no centro, provavelmente surgiria a famosa e eterna argumentação: “se não és a favor, és contra”. A criação dum inimigo é provavelmente o mais famoso combustível para a politica! Talvez... (20) É normal e natural termos várias perspetivas sobre um assunto, é sinónimo de que ninguem tem a “verdade” absoluta, mas sim, cada com a sua “verdade”. Esta é a base, penso, do pluralismo democrático! VII. CONSTITUIÇÃO |“PROPRIEDADE” E EXCLUSIVIDADE DOS PRINCIPIOS (21) Acima de tudo e pegando na constituição: “Niguem pode ser obrigado a filiar-se ou a deixar de se filiar em algum partido político nem por qualquer meio ser coagido a nele permanecer.” Este é o princípio da liberdade de filiação. Não é pelo facto de filiarmos num partido que passamos a ser socialistas, ou democratas, ou republicanos, ou... Os partidos não são “proprietários” nem têm a exclusividade de qualquer principio! No entanto, os militantes devem ter uma responsabilidade acrescida, visto serem uma referência e consequentemente, potenciais alvos de critica. É compreensível! (22) Tambem não é pelo facto dum militante se desfiliar que deixa de ser socialista, ou democrata, ou republicano ou... Penso eu! VIII. O POVO | “ETERNO” SOBERANO (23) Por fim, e mais uma vez, não são os partidos que elegem os lugares, é o “povo” e somente este é que tem o “poder” de os retirar. Acima de tudo, os partidos são “máquinas” aperfeiçoadas, através do tempo, para alcançarem, de forma eficaz, o “poder”, e assim, influenciar através da sua agenda, o rumo da sociedade. (24) No clima politico partidário, várias coisas estão em jogo, as personalidades que acrescentam uma “mais” valia ao partido, ou o inverso. No caso dos independentes, se o partido retira alguma mais “valia” ao candidato, ou o inverso. E, se algum destes “actores”, acrescenta e propõe alguma mais “valia” para a população! (25) A decisão caberá sempre, e novamente... ao “povo”! Aguardemos....
Posted on: Sat, 08 Jun 2013 18:12:35 +0000

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