PERGUNTAS E RESPOSTAS - AUTÁRQUICAS S. PEDRO DO SUL - 2013 1 – Que balanço faz da gestão municipal do mandato que agora cessa? Parece-me que mais importante do que falar do passado é mostrar os caminhos que se querem rasgar no futuro. A avaliação do passado só poderá ser importante quando ela nos permita evitar cair nos mesmos erros. Dito isto, estou convicta de que o futuro para S. Pedro do Sul (que consta do nosso manifesto eleitoral), implica uma forte aposta na valorização do que é endógeno, designadamente as potencialidades económicas, turísticas e culturais próprias do Concelho, nas suas mais variadas formas de expressão, assim como na articulação/ operacionalização e potenciação/ projecção das mesmas A aposta que fazemos tem em si mesma implícita a conjugação de todos os operadores na valorização e afirmação deste bem comum. Fazendo um balanço da gestão municipal do mandato que agora cessa, constato o executivo da CM de S. Pedro do Sul não deu o seu melhor, já que que atuou sem diagnósticos sustentados, o que redundou em planos de acção e de melhoria desarticulados, com uma avaliação pouco credível e deficientemente publicitada. Objetivamente não foram alcançadas as metas a que se propunham alcançar no início do mandato. Assistiu-se assim, à demanda da mão de obra jovem e qualificada, ao desinvestimento numa economia mais diversificada, produtiva, inovadora e à fragilização de todo o tecido empresarial, social e cultural. Apostar nos jovens e na sua qualificação é promover e aglutinar vontades na defesa e afirmação das gentes que nasceram, vivem e querem viver neste Concelho, na afirmação deste espaço de território. O futuro passa também pela aposta na fixação e captação de projectos/planos de acção/melhoria que visem a concertação de vontades individuais e colectivas, de forma a empreender um concelho estruturalmente desenvolvido em todas as frentes (económica, social, cultural). Este será o ponto de partida para as rotas de futuro que se vierem a rasgar. No fundo o que pretendemos é devolver a esperança num futuro a quem o pode desbravar. Será pertinente lembrar que ninguém concorre pela CDU para se servir, mas sim para servir as poupulações. Num tempo de todas as incertezas... votar CDU é votar na única alternativa confiável para um desenvolvimento credível do concelho de S. Pedro do Sul . Votar CDU é votar na capacidade de trabalho, organização, resistência e transparência. Votar CDU é votar na esperança por um futuro melhor 2 – São Pedro do Sul perdeu população na última década, numa percentagem superior à NUTSIII Dão-Lafões. Como interpreta este facto e de que modo pensa ser possível inverter essa tendência? A perda de população na última década deve-se à falta de desenvolvimento estrutural e sustentado da economia da região e, por conseguinte à escassez de condições que atraiam e fixem mão de obra jovem e qualificada, assim como de projetos empreendedores. Nos últimos dois anos acrescem factores de âmbito nacional e internacional relacionados com a crise e a subjugação do Governo português às exigências da Troika e do FMI. Inverter esta situação implica a operacionalização das seguintes medidas: - Oscultar as populações e entidades locais e regionais, envolver equipas e colocar em prática planos de ação para melhorar as dificuldades diagnosticadas, são procedimentos indispensáveis a qualquer líder. Sem estes procedimentos bem clarificados e consolidados não há gestão séria; - Aplicar planos empreendedores no âmbito de: - Turismo Termal, Gastronómico e Cutural (património edificado e etnográfico); - Otimização dos recursos agricolas e pecuários; - Apetrechar os jovens, mulheres e desempregados de competências, através da criação de uma Escola de Artes, Ofícios, Novas Tecnologias e Línguas Estrangeiras; -Regulamentação, promoção, divulgação e comercialização dos produtos regionais (vinho e vitela de Lafões, pão de milho, centeio e trigo/milho, queijo de cabra, castanha, chás, mel e derivados, licores, doçaria...), também em embalagens e cabazes para lojas gourmet; - Criação de Centro de encubação de Ideias, articulado com as Universidades e Politécnicos da Região Centro, Norte e Lisboa de forma a potenciar uma economia local/ regional diversificada, inovadora e assente numa rede comercial ampla; - Melhorar as acessibilidades, nomeadamente através da recuperação da linha do Vouga, com ligação à cidade de Viseu e concelhos da região, assim como da promoção de ligações rodoviárias mais eficientes à A24 e à A25. Promover acessibilidades intraconcelhias mais segura e rápidas. 3 – Que medidas prioritárias para o concelho irá defender na Câmara, no primeiro ano do próximo mandato? As medidas prioritárias serão todas as que se prendem com a fixação de jovens casais no concelho e desenvolvimento económico e social do concelho, nomeadamente através da criação de postos de trabalho em sectores de atividade produtivos, inovadores e qualificantes; melhores acessibilidades; oferta educacional e de saúde mais abrangente e diversificada; articulação das associações e empresas de forma a potenciar e projectar as actividades de âmbito cultural, desportivo, etnográfico, e gastronómico; aposta em parcerias e protocolos que visem o desenvolvimento económico/ cultural/ educacional e social do concelho (em articulação com ao potencial da Região de Lafões); apoio às famílias carenciadas, idosos e desempregados; aposta em medidas de desenvolvimento sustentável; despoluição dos rios e controlo rigoroso dos agentes prevaricadores. Uma outra medida a aplicar de importância extrema é a replanificação/ requalificação das áreas florestais, criando vias de comunicação que cortem as manchas de floresta de área mais extensas e/ ou de declive mais acentuado, de forma a servir de corta-fogos e a facilitar o acesso dos bombeiros, de forma a debelar as tragédias que todos os anos se repetem, com perda de vidas, bens e a reduzir a emissão de poluentes para a atmosfera. Também é pertinente a regulamentação da espécies arbóreas plantadas, evitando ao máximo todas as que nada têm a ver com a nossa região e as que desertificam os solos, como o eucalipto. Além destas prioridades acresce outra, nãomenos importante que é agestão eficazda autarquia e do concelho, à semelhança das organizações, onde após levantamento/diagnóstico sério e independente dos pontos fracos e elaboração/ aplicação de planos de ação/melhoria procede-se à avaliação sistemática e respetiva publicitação. É um ciclo que se repete, envolvendo os que gerem a causa pública, empresas, associações, instituições e, obviamente as populações. Só assim é possível ter uma visão de futuro de desenvolvimento estrutural, hierarquizando prioridadese operacionalizando medidas, de forma a tornar consistentes as metas atingir. 29 de agosto de 2013 Ana Manuela Gralheiro
Posted on: Fri, 30 Aug 2013 10:41:55 +0000
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