PROTESTOS CONTRA REAJUSTES DE ÔNIBUS APROXIMAM DILMA DE SARNEY Tenho visto muitos protestos nas redes sociais contra os reajustes das passagens de ônibus em São Paulo e no Rio de Janeiro. As críticas são de toda ordem: vandalismo, coisa de bandido, falta do que fazer, terrorismo e muito mais. Independentemente de concordar ou não, é bom que se faça uma reflexão. A revolta é um claro sinal de que o povo está se rebelando contra um mal que afligiu o país por décadas e que se imaginava estar morto e enterrado: a inflação. Infelizmente, esse bicho pavoroso voltou a nos assustar com força, diante da leniência do governo com a onda de reajustes que insiste em manter o custo de vida no teto da tolerância definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 6,5%. Sobre o título desta nota, vale lembrar que não se via protestos como os de agora desde o governo Sarney. Em novembro de 1986, depois de um período de congelamento de preços que ajudou a eleger um batalhão de políticos do PMDB, Sarney reajustou as passagens de ônibus. O resultado foi um quebra-quebra no centro Rio de Janeiro, com muitos feridos. Dilma não recorreu ao expediente do congelamento. Mas pediu aos prefeitos de São Paulo e do Rio que segurassem ao máximo os reajustes para conter a inflação no início do ano e evitar que o Banco Central aumentasse a taxa básica de juros (Selic). Em vez de janeiro, os aumentos passaram para junho. Nesse meio tempo, mesmo com as manobras do governo e os adiamentos dos reajustes da tarifas de transporte urbano, a inflação disparou e o BC foi obrigado a elevar os juros duas vezes, de 7,25% para 8% ao ano. O bolso dos trabalhadores sentiu o baque. Agora, veio o aumento das passagens. Será que a paciência do povo não está se esgotando?
Posted on: Tue, 11 Jun 2013 03:13:19 +0000
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