Paulo Roberto Matias O Amapá esconde emergência humanitária - TopicsExpress



          

Paulo Roberto Matias O Amapá esconde emergência humanitária no combate ao câncer O governo do Amapá faz uso há meses de um jogo de palavras – entre promessas e justificativas – para minimizar a, grave crise que vive o Estado na saúde pública. Mais de 600 doentes de câncer – quase todos, abaixo da linha da pobreza – vivem confinados em instalações insuficientes, com capacidade para apenas 20 pessoas, em condições insalubres, sejam no Hospital, sejam em barracos sem as mínimas condições de vida. “É insalubre, desumano até. O doente passa a noite, sob um calor escaldante, acomodados em pedaços de espuma que algum dia foi pequeno colchonete, no meio de sacolas, sapatos e outros pertences pessoais. A área onde estão não existem as latrinas. São áreas alagada por uma água fétida. Muitos passam meses nessa condição, até morrer. Posso dizer que o que vivemos aqui no Amapá não é para um ser humano. Eles nos colocam diante de um tratamento em que não existe a palavra esperança. Isso me machuca e me apavora, porque você está lidando com vidas. É evidente que se trata de uma tarefa complexa demais para ser gerida da forma como está sendo. A situação é semelhante a um campo de guerra em muitos aspectos. Trata-se de uma questão de violação dos direitos fundamentais, que envolve o futuro de um povo: Centenas de crianças e adolescentes estão órfãos. Apontar as inúmeras operações ocorridas no passado, o governo do PDT, não exime a atual gestão de culpas. O Brasil ainda não conhece a nossa tragédia. Todos estão em silêncio. Nossa visão é fatalista, do senso comum. Precisamos acionar a Lei de Acesso à Informação, para obtermos informações acuradas sobre a situação. Os políticos estão tratando isso aqui como se fosse um assunto de fatalidade, mas, enquanto isso, todos os dias, estamos importando para Macapá, miséria e doença sem poder lidar com isso. A informação é confirmada pelos dados do IJOMA, que são espantosos com o fluxo de novos pacientes que nos procuram todos os dias. Precisamos urgentemente que o Governo Federal nos ajude. Mais grave, são as previsão de novas estruturas para melhorar o atendimento dos pacientes com câncer. Somente para 2015. O maior número de queixas recebidas pelo IJOMA diz respeito à qualidade do tratamento. Interrupção da quimioterapia, falta de laboratório para realização dos exames, falta do elevador, falta de remédios, de leitos, e demora para transferir pacientes que precisam de outros tratamentos fora do Estado. Ainda que os problemas relatados se deem por várias razões, pouco se tentou para alterar substancialmente as causas. Este arranjo legal, enquadrado numa política sem direção e sem dados epidemiológicos está sendo tudo, menos humanitária. Estamos fazendo somente o emergencial.
Posted on: Thu, 15 Aug 2013 20:46:31 +0000

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