Perdidos na multidão Com a onda de manifestações que tomou conta do Brasil, podemos ver quais os maiores problemas que atingem a população. A lista é enorme: mudanças exigidas para o país todo, até reivindicações específicas de cada cidade estão na mira dos manifestantes. De longe, “Fim da corrupção” e melhorias de serviços públicos como transporte, segurança, educação e saúde são umas das frases mais presentes nos cartazes. Mas será mesmo que causam um bom efeito politicamente? A resposta é não! Quando escrevemos em um cartaz “Contra a corrupção”, essa mensagem é politicamente fraca e ideologicamente vaga, pois em tese não existe alguém socialmente a favor da corrupção. Impedindo assim de iniciar um debate. O mesmo acontece com outros pensamentos como é o caso de “Melhorias no transporte”. A saída é apresentar propostas simples como “Desprivatização do transporte público”. Nesse caso teremos um grupo, geralmente empresários e políticos, que vão se opor a sua proposta e nesse momento eles devem ser identificados e combatidos pelos manifestantes. Gerando um impacto bem maior. Algo que me incomoda é o fato de manifestantes atacarem friamente o poder executivo e de certa forma esquecerem-se do legislativo. A constituição brasileira prevê o equilíbrio entre os três poderes e a meu ver, nas ultimas décadas, o legislativo está acima dos demais. Isso justificado pelo fato de que as elites, atualmente formada essencialmente por empresários, estarem com uma relação extremamente próxima aos nossos parlamentares. Talvez o maior problema do Brasil, não seja os políticos, mas sim elites que se escondem atrás de um CNPJ. Permitindo um pouco meu subconsciente perverso pensar. Ainda condeno todos os atos de vandalismo contra o público e contra o privado. Mas não sou tão hipócrita, o ato de apedrejar prédios de poder público, como as casas de governo, extrapola o caráter de vandalismo e passa a ter um valor simbólico histórico, pois é o limite da moralidade da insatisfação. Isso é natural em reivindicações é a pressão final para os governantes. Como se fosse a cereja do bolo. O presente texto não visa buscar uma solução para os problemas citados, mas conscientizar as pessoas a refletir sobre o que realmente estão protestando e contra quem. MRR
Posted on: Mon, 24 Jun 2013 19:29:29 +0000
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