Planejara uma ida a Petrópolis com a família ontem. O meu foco era a mulher e os filhos. Contudo, dentro de mim, pesava-me deixar mamãe, com total incapacidade de se auto prover, completamente dependente de mim, praticamente em seus 84 anos. Realmente, pesava-me deixá-la, mesmo sob total cuidado na nossa ausência. Via no passeio também uma oportunidade de fazer um exercício de memória para ela, de resgate das lembranças, como uma terapia. Deu certo, consegui levá-la, preservá-la, de forma que usufruiu e não se fatigou. Claro, a Rua Tereza, sonho dourado de toda a mulher, ficou reduzida a trinta minutos, comigo, mãe e a pequenina no carro, o que foi bastante "saudável" para o meu bolso e cartão de crédito. Foi tudo lindo, muito gostoso. A ida ao interior da Casa de Santos Dumont, também, ficou prejudicada, pois o contingente de estudantes em fila, do lado de fora era enorme. Embora um jovem vigia, tenha sinalizado para mim, espontaneamente (não me cobrou nada), me oferecendo um lugar em estacionamento à sombra, no pátio de uma instituição pública de frente para a Residência, aquiesci quanto a oferta, mesmo assim, não sacrifiquei minha mãe. Entretanto, como Aviador, não abri mão de tirar várias fotos tendo ao fundo local de importância histórica tão linda, para qualquer Piloto, em especial um Piloto Militar Brasileiro. Interessante, é que lá estávamos eu e o enteado (filho) coletando as fotos. Na verdade, acho que eu era o "adolescente", pois por outro lado, ele, cheio de pudor e constrangimento se recusava educada e discretamente em me dar apoio para que eu ficasse de pé, em cima de uma muralha de um metro e setenta mais ou menos (pública) localizada entre a câmera fotográfica e a Residência, essa última muito no alto, dificultando um bom ângulo para a coleta das fotos, sem o sol na lente da máquina. Parece que a preocupação dele seria eu cair do muro, bem, havia essa possibilidade sim e real. Enfim, êxito na "missão"!
Posted on: Mon, 30 Sep 2013 02:14:15 +0000
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