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Plenária debate soberania alimentar, nova cartografia e patrimônio imaterial A nova configuração socioterritorial dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia foi apresentada durante a XI Plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), na quarta-feira (8). A professora Jurandir dos Santos Novaes, professora da Universidade Estadual do Maranhão, disse que os estudos mostram que “há uma interdependência estreita entre os povos e comunidades tradicionais com os recursos florestais, hídricos e outros recursos ameaçados pela ação depredatória de grandes empreendimentos”. A professora destacou ainda que a nova cartografia é mais apropriada por valorizar os saberes tradicionais e gera um instrumento de luta na mão dos movimentos. “Não podemos dizer que uma lei de 2003/2005 está vigorando sem que leve em conta as práticas sociais e as relações que são estabelecidas por cada comunidade. Por isso, trabalhamos com conceito de mapas situacionais”, explica a professora, ao falar da necessidade de construir mapas que levem em conta a diversidade da região e as múltiplas identidades de cada comunidade. A soberania alimentar na Amazônia e o papel da pesquisa foram temas do painel apresentado pela doutora em Ecofisiologia Vegetal e pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Tatiana Deane de Abreu Sá. A pesquisadora citou o caso em que a o tatu faz parte da alimentação de povos tradicionais mas tem a caça proibida. A pesquisadora disse ainda que já foi firmado um convênio entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Embrapa para desenvolver projetos com agricultores familiares da Amazônia. A antropóloga da Universidade de Chicago Manuela Carneiro da Cunha mostrou preocupação em relação à educação para os povos tradicionais. De acordo com a antropóloga, há uma dissociação entre a educação na escola e os conhecimentos tradicionais. “A merenda escolar até hoje não foi implementada dentro dessa diretriz tão importante que é a compra do alimento local. E isso muda muito os hábitos alimentares locais, cria uma dependência por produtos industrializados e a produção local tem dificuldade de ser escoada”, disse Manuela Carneiro. A plenária reuniu conselheiros, convidados e observadores. Foram apresentados painéis sobre os direitos territoriais, as ações do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a situação dos Kaiowás Guaranis e o Projeto Nova Cartografia Social na Amazônia, entre outros. Fonte: Ascom/Consea
Posted on: Fri, 09 Aug 2013 12:58:59 +0000

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