Pobre e rico e as funções religiosa e política. . Não se ajuda - TopicsExpress



          

Pobre e rico e as funções religiosa e política. . Não se ajuda os pobres com caridade, mas com a verdade fazendo-os compreender o mundo - que é de todos (pobres ou não) - em que vivem caracterizado pela escassez, desigualdade e escravidão. A igualdade é uma utopia, mormente a econômica num sistema econômico rotulado de capitalista cuja ganância não se identifica nem de longe com seu espírito. A igualdade dos homens se restringe na desigualdade que os iguala no gênero. Pobre ou rico é consequência da oportunidade oferecida pelo Estado (saúde, segurança e educação) no estágio social civilizado que habilita o homem com sua inerente liberdade de opção para acesso ao mercado. Não existiriam ricos não houvesse pobres. Rousseau: “por uma multidão de novas necessidades, submetido, por assim dizer, a toda a natureza e a seus semelhantes, dos quais se torna escravo em certo sentido, mesmo tornando-se seu senhor: rico, tem necessidade de seus serviços; pobre, tem necessidade de seu auxílio e a mediocridade não o coloca em situação de prescindir deles” Pobreza e riqueza não são sinônimos respectivos de indignidade ou dignidade para um mortal. Mortalidade que é o sentido da vida que a religião cabe explorar. Também não significam determinismo. O ter, o parecer, o sentimento de ganho, a liberdade individual (menos a paz que orienta caridade cristã) é que faz prosperar a espécie com a mobilidade social. Retire-se isto e o homem não sai do prazer do ócio, salvo quando a necessidade o inquieta; “e o meio mais seguro para extinguir nele o gênio é livrá-lo de todos os cuidados, subtrair-lhe o atrativo dos lucros e da distinção social que dele resultam...transferindo para o Estado a responsabilidade de sua inércia – Proudhon” Ao Direito, e o Estado é de e o Direito, nada mais que a forma jurídica particular - fundada na força e na moeda - que a disciplina da produção e repartição da riqueza em uma economia capitalista, portanto, função eminentemente política. A pobreza é mais do que privação, é um estado de carência constante e miséria aguda; coloca os homens sob o ditame absoluto de seus corpos; sob o ditame absoluto da necessidade que todos os homens conhecem pela mais íntima experiência e fora de qualquer especulação. A ignomínia consiste em a política e religião usarem demagogicamente a pobreza. Aquela, em fazer imaginar um mundo igual na terra; a religião, em fazer da demagogia uma ponte para a igualdade espiritual, no paraíso, no céu. Insuflar a revolta dos pobres contra os ricos é desencadear uma força maior e diferente que a força da rebelião dos oprimidos contra os opressores; é quase irresistível, pois brota e é alimentada pela própria vida biológica (As rebeliões do estômago são as piores – Francis Bacon). Não fosse só e somente é conduta inócua porque ”Substituir o poder pela violência pode trazer a vitória, mas o preço é muito alto; pois ele não é apenas pago pelo vencido mas também pelo vencedor, em termos de seu próprio poder - Arendt”
Posted on: Wed, 24 Jul 2013 12:08:44 +0000

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