Por favor, peço a todos que leiam com atenção, se assim o desejarem: Eu não sou de esquerda ou direita em senso estrito. Apesar de criticar muito a atual funcionalidade dos movimentos de esquerda e compactuar com o sistema capitalista pelo simples fato de que é o sistema vigente, me faço mais pragmático e anarquista. Quando me refiro a anarquista, me refiro ao sistema social de caráter socialista que contesta o corpo e ação da máquina pública existente com o Estado, assim como certas normas outorgadas no contrato social que lhe deu origem. Sim, anarquismo é por si próprio esquerda, mas o contrário não pode ocorrer. Esquerda é classicamente oposição como foi em sua origem, nas vésperas da Revolução Francesa. Meus ideais estão alinhados aos de Locke, Rosseau, Phroudon e Nietzsche, numa tendência de libertária, humanista, anarquista, contratualista e legalista que são coerentes ao meu pensamento pragmático e, portanto, prático. O que ocorre é que o país precisa urgentemente mudar sua estrutura, pensamento e cultura a fim de que evite o colapso ou letargia. Esses protestos foram uma válvula de escape de uma panela de pressão há anos em fogo brando. Mas uma hora iria romper-se numa explosão violenta que agitaria todo o inconsciente coletivo de nossa sociedade contemporânea, nos forçando a tomar um posicionamento mais enérgico ante a essas questões. O problema é que com a saída despolitizada do MPL, omitindo sua responsabilidade cívica por ter guiado os protestos e repentinamente parado, partidos oportunistas e a mídia conservadora e parasitária tem se aproveitado dessa evasão e fulgacidade para inocular a dúvida virulenta e a causa vazia do ufanismo televisivo de moda e desviar a massa de manobra rumo a inércia. Se você, assim como eu, ainda está com receio ou dúvida ante os últimos acontecimentos e não sabe por onde começar a raciocinar e tomar conclusões/decisões, peço para que veja este vídeo e conjecture as seguintes idéias: 1.Apesar da grande decepção que foi e ainda é o PT, todos tem direito constitucional de manifestação pacífica. De nada adianta perder tempo tentando coibir os inocentes por causa do oportunismo partidário de alguns políticos nefastos. Isso vale para outros partidos, causas e ideologias. O movimento pode ser apartidário? Sim, mas não acéfalo. Tem que ter diretrizes. A do bom senso, pra variar. 2.O movimento é claramente de ESQUERDA. Entretanto, esquerda NÃO É SOCIALISMO. Esquerda é OPOSIÇÃO. Sua origem inequívoca se encontra na Revolução Francesa. Isso garante então que um direitista possa contestar publicamente numa passeata sem entrar em contradição. O PT como o encontramos atualmente está á frente do Governo. Conclui-se disso que ele NÃO É MAIS DE ESQUERDA. O atual movimento de direita, por estar na oposição é de esquerda. Parece estranho? Sim, mas tem que ser separado o modelo político do econômico para se entender a analogia que acabei de fazer. 3.O movimento NÃO É PACÍFICO. Ele não visa a passividade e estabilidade, ele surgiu da instabilidade e é um movimento de DESOBEDIÊNCIA CIVIL. Do contrário, se resumiria a uma simples passeata que jamais chegaria a nível nacional. A mídia está querendo deturpar essa imagem para dar um teor ufanista e deslocar essa energia para o propósito ufanista e não nacionalista, voltando as atenções a Copa das Confederações. Não se trata de condenar o vandalismo, pensar assim é inútil diante da truculência da força policial militar despreparada e adestrada por uma elite de indivíduos que não tem interesse no crescimento dessas manifestações. Se você pensa que vai para uma passeata e estar o tempo todo neutro e pacífico, terá de rever seus conceitos. De qualquer forma, será impossível não tomar decisões, e chegará a hora de correr ou arriscar levar bala para defender seu direito individual, e coletivo, de protestar por um país melhor de se viver. 4.Não estou defendendo o vandalismo em si, mas há de se convir que num confronto de protesto inevitável com a força policial, SE NÃO HOUVER OUTRA ALTERNATIVA, é necessário pegar-se nas armas, nem que seja numa intifada tupiniquim, com paus e pedras, para lutar por aquilo que acreditamos. Revoluções não são feitas sem sangue, nem mesmo as do Gandhi. Veja o que diz o Hino da França, compare com o bucolismo do Hino do Brasil. E joguem a hipocrisia da falsa espiritualidade, a guerra e o conflito dialético são parte da natureza humana, temos de conviver com isso, por mais que não nos agrade sofrer. 5.Por fim, ASSISTA O VÍDEO. Mesmo que não curta o PC ou que o mesmo tenha escorregado em algumas explicações, ele merece ser ouvido pela neutralidade e disposição em instruir didaticamente o público alfabetizado e consciente a não ceder ao medo, apatia ou rebeldia sem causa. #Brasil #Brazil #VemPraRua #ChangeBrazil (Kayque - administrador da fanpage) youtube/watch?v=UiVDtWb7K48
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 19:07:17 +0000
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