Por o filho na linha de desenvolvimento e não tomar os devidos cuidados é como lançar o barco ao mar e deixá-lo a deriva, esse por si só entrará em colisão e não encontrará um rumo certo, ficando ele sem destino não chegará a um lugar definido. O filho sem os cuidados do seu dirigente ou pai e mãe espiritual, sofrerá como neste exemplo: No mar as ondas vêm de encontro ao barco e o projeta contra outras ondas que o atira para todos os lados, obrigando-o a ficar nesse impasse por muito tempo e se ninguém tomar conhecimento a tempo de recuperar a sua direção, o barco então será destruído por esses impactos. Já o guia que pleiteia a incorporação com a finalidade de trabalhar, vem de encontro ao médium e se não estiver o filho preparado para recebê-lo, sofrerá o impacto que na verdade não deveria acontecer, porque a boa preparação faz com que o guia espiritual se aproxime do desenvolvimento com parte da função dele preparada pelo responsável, onde evitará impactos que perturbarão a integridade física do médium, com isso o guia espiritual faz abrir mais o campo mediúnico do filho onde será fortalecido para a resistência de sua permanência temporária, buscando evoluir o desenvolvimento para a firme incorporação, até mesmo de outros guias que se aproximam com a mesma pretensão de trabalho com o médium em desenvolvimento, mas como já citei acima, sem os devidos cuidados do/a dirigente não será possível concluir o desenvolvimento com a máxima segurança e harmonia entre o médium e o guia espiritual, já que este por sua sapiência notará a insegurança do médium por falta de preparação. A falta desses cuidados deixará vulnerável a espíritos indesejáveis que farão ao médium o mesmo que as ondas do mar teriam feito ao barco a deriva, lançando-os contra eles numa tentativa de domínio e então, sofrerá o médium dois tipos de impactos: o físico por conta das atribulações e o impacto da energia negativa produzida por esses espíritos caracterizados como desorientados do plano espiritual, eu diria nem zombeteiros, nem kiumbas, apenas não evoluídos o suficiente para conduzirem um instrumento tradutor como é o médium. Desculpe-me pela definição, mas se analisarmos bem ambas as partes, notaremos que a tradução dos conhecimentos e das energias dos guias espirituais é a concentração mediúnica de diversas formas, pois sem uma concentração de energias, não seria possível a aproximação de outras, já que a fonte energética do médium disponibilizada só tem a força atrativa como a de um ímã e não uma força repulsiva, por isso a maioria dos casos de desenvolvimento torna-se moroso, algumas vezes digo, com muita raridade o processo é mais rápido, finalizando a primeira etapa com mais ou menos no tempo de um ano e meio, percebe-se mesmo assim que não é tão rápido. Também existe aquele médium que possui um dom aprimorado ao desenvolvimento que chega ser, digamos que breve, quase que instantâneo, por assim dizer, a pessoa chega a uma tenda de Umbanda sem nenhum conhecimento, totalmente leigo a tudo que se diz respeito a religião e repentinamente cai por sobre o solo e se levanta numa manifestação segura, uma incorporação quase a ponto de levá-lo a confirmação prematura, mas como eu já disse, é muito raro. O médium bem preparado não é exatamente o que demorou mais tempo para se desenvolver e sim aquele que tem a consciência da presença de seu guia espiritual, aquele médium que sabe separar a entidade das suas próprias vontades e não interagir aos fatos que envolvem consulentes e entidades, isto caso o médium não for totalmente inconsciente no período da incorporação. Existem diversos pontos de consciência e inconsciência, alguns médiuns veem, escutam, outros possuem apenas a consciência de escutar, outros ainda de ver, escutar e sentir e há o que só vê, porém, nenhum tem domínio próprio, não governam seus movimentos e nem as falas, então cada um se apega em alguma coisa que faz garantir a fé em sua própria incorporação, ou seja, em seus guias espirituais, para que o guia chegue com mais clareza junto ao médium que disponibiliza de seu corpo físico a incorporação, e óbvio que este médium sem dúvidas recebe acompanhamento de seu dirigente no preparo até psicológico para que chegue a essas aceitação conforme citei anteriormente. Já para o filho desenvolvido e confirmado dirigir uma casa (templo), não basta só o desenvolvimento , por mais perfeito que tenha sido é necessário o dom e muito estudo, estudo este que não vem através de linhas de um livro ou da tela de um computador, mas sim por intermédio dos guias de luz e tais conhecimentos são passados somente a quem de verdade o dom da comunicação espiritual, e esse médium na Umbanda terá no mínimo uma permanência de sete anos sob os cuidados de seu dirigente que dará a ele todos os preceitos que o fará conceituado perante os guias espirituais, sejam eles de manifestação em seu templo ou não, o médium será reconhecido e respeitado por todos, é assim, quando em sua presença coloca-se um guia em incorporação verdadeira , ninguém precisa avisá-lo que está diante de um dirigente, esse por sua vez o reconhecerá e o reverenciará com respeito, isto é, sua preparação se torna transparente aos olhos da espiritualidade, por isso não é aconselhável que alguém da corrente de um terreiro, tente por si mesmo acelerar o processo de desenvolvimento , ou seja, da incorporação, pode acontecer o animismo sem que o médium ‘’perceba’’, e o animismo ao longo do tempo se torna um vício dificilmente curável. Sem culpa a pessoa passa a acreditar que tudo que ela põe em prática é verdade, quando tudo não passa de frutos da própria imaginação, o animismo em sua lógica chega a afetar o psicológico da pessoa de tal forma que não se consegue jamais a reabilitação para a verdadeira incorporação, tende a pessoa seguir assim até o fim ou até a desistência, que na maioria das vezes acontece quando se torna chacota aos olhos dos que enxergam a verdade ou quando se decepciona perante a verdade apresentada pelas situações da vida.
Posted on: Sat, 10 Aug 2013 03:16:06 +0000
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