Porque Chapa 1 para o CREMEPE? Por Horácio Fittipaldi Médico - TopicsExpress



          

Porque Chapa 1 para o CREMEPE? Por Horácio Fittipaldi Médico Patologista e Prof. da Universidade Federal de Pernambuco. Estamos nos aproximando do momento de escolhermos aqueles que irão ocupar os cargos de conselheiros do CREMEPE, nos próximos cinco anos. Diante desse fato, gostaria humildemente de fazer algumas reflexões. Afinal, o que faz um conselheiro? Quais são as suas atribuições? Atuei como conselheiro do CREMEPE nas duas últimas gestões. Exerci esse cargo em sua plenitude durante dez anos. Por experiência pessoal, posso garantir a todos que o exercício dessa função não representa uma tarefa de fácil execução. Cotidianamente, todo o conselheiro precisa comparecer a pelo menos duas reuniões semanais, que se iniciam por volta das 20 horas e se estendem para além das 22 horas. Gostaria de lembrar aos 40 candidatos que integram as duas chapas concorrentes que os conselhos foram criados, sobretudo, para servir à população. Por isso, toda a denúncia que chega àquele órgão, por menos consistência que tenha, precisa ser investigada pela casa. Para isso, são instaurados processos de apuração denominados sindicâncias. As sindicâncias podem resultar na abertura de um processo ético profissional contra o médico denunciado. Para instruir e julgar esse processo, serão indicados novos conselheiros que irão assumir as funções de instrutor, relator e revisor do processo. Para cumprir esse compromisso, o conselheiro se vê muitas vezes obrigado a cancelar suas atividades de consultório e a trabalhar à noite ou durante os finais de semana para elaborarem os relatórios dos processos que lhe foram confiados. Eu lhes asseguro, é um trabalho desgastante. Não é fácil passar horas tentando decifrar o que está registrado em prontuáriosmal-elaborados; ouvir testemunhas; coordenar entrevistas e conduzir acareações, sempre prolongadas pelas constantes intervenções dos advogados. Pior do que isso, é sentir a revolta e a mágoa dos colegas que não admitem que estavam errados. Eles nos responsabilizam pela sua condenação, pois não entendem que você era um mero instrumento da justiça. Diante de tudo isso, eu me pergunto: O que leva um médico a pretender se tornar um conselheiro? O que o faz pleitear um cargo não assalariado, embora com direito ao recebimento de algumas compensações financeiras, e que implicará em sacrifícios de suas vidas pessoal e profissional? Seria por vaidade? Por empatia com as ciências jurídicas? Pela vontade de servir e de ser útil? Pelo desejo de atuar como agente dobem e de promotor da verdade? Talvez, tudo isso faça parte dos motivos que o conduzem à decisão de se tornar um conselheiro. De qualquer forma, os candidatos precisam estar cientes de que se trata de um encargo de muita responsabilidade. Não estamos elegendo os membros de um grêmio recreativo, mas de um tribunal de ética. Serãoessas pessoas que irão fiscalizar o nosso comportamento, as nossas ações profissionais, nos próximos anos. Ao escolhermos alguém para atuar como nosso supervisor, precisamos tomar o cuidado de verificar se esta pessoa está qualificada para ocupar o cargo pretendido. Para isso, precisamos nos certificar das verdadeiras intenções dos candidatos que se apresentam. Precisamos verificar se eles estão sendo sinceros quando apregoam as suas virtudes e a nobreza de suas intenções. Para escolhermos certo, devemos avaliar o exemplo que o candidato construiu ao longo de sua vida. Precisamos escolher pessoas que sempre trilharam o caminho da retidão e da probidade e que demonstram pretender estender esse comportamento no exercício do cargo de conselheiro. Será que o candidato que faz promessas que sabe que não poderá cumprir não está apenas tentando se utilizar dessa função para atender aos seus próprios interesses? Será que o candidato agiu sempre com coerência aos seus princípios e leal aos seus ideais? Ou será que ele mudou várias vezes de posição de acordo com a conveniência do momento? Será que ele realmente pretende atuar com isenção e dignidade ou na verdade, seu objetivo não é simplesmente saciar a sua sede de poder? Será que ele está buscando ser útil na melhoria das relações do médico com a sociedade ou ele não estaria apenas buscando a consagração de seus projetos pessoais? Será que ele pretende verdadeiramente promover a justiça ou não estaria simplesmente se valendo dessa oportunidade para deflagrar uma vingança contra aqueles que, segundo suas convicções, contrariaram a manutenção de seus ganhos e a exaltação de sua soberba? São muitos questionamentos que nos obrigam a sentar e refletir. No momento presente, parece-me curioso o fato de alguém se apresentar como representante de uma mudança, de uma democrática alternância de poder, omitindo o fato de ter participado das duas últimas gestões que estiveram afrente do conselho. Afinal, como se pode falar de mudança, quando se está no exercício do poder por dez anos seguidos? É como se ele disesse: “Eu sou o novo, embora faça parte do velho”. Mudar pode ser uma coisa boa, mas só quando se muda para melhor. Caso contrário, mudar pode se revelarum equívoco, um retrocesso, a negação de tudo de positivo que se construiu, após uma árdua jornada de trabalho. Por isso, meus amigos, nos dias 05 e 06 de agosto, eu peço a todos aqueles que me conhecem e, sobretudo, aos colegas com que tive o privilégio de trabalhar nesses 25 anos de magistério a votarem na Chapa 1 – Renovar e Unir, para a eleição do CREMEPE.
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 03:13:42 +0000

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