Portuguese Times César Rego: “O meu sonho é ser ator profissional” Ser ator foi sempre o sonho deste português natural de Fonte Bastardo, e residente há vários anos nos EUA. Efetivamente, com apenas 11 anos de idade começou por pisar os palcos na ilha Terceira integrando grupos de danças de Carnaval e incentivado por sua mãe, que viu nele capacidades para esta arte de representar. O teatro popular foi a sua primeira grande escola durante os tempos da sua juventude, tanto na terra de origem como aqui pela Nova Inglaterra servindo-lhe assim de base para aquilo que viria a acontecer mais tarde já em terras americanas. Depois de fazer parte de algumas companhias de teatro amador americanas e de integrar grupos musicais, atuando para várias organizações portuguesas aqui pela Nova Inglaterra, conheceu uma nova etapa, a de ser ator de cinema. “Bem, começou por uma experiência quase inacreditável. O meu antigo guitarrista chamou-me, sabia que eu estava desempregado e perguntou-me se queria entrar num filme. Disse que sim. Era apenas para um dia e acabei por estar lá cinco dias. O realizador gostou e incentivou-me a prosseguir a carreira. Fui a uma agência a Boston e aí comecei a minha carreira”, começou por dizer ao PT e ao programa “EUA Contacto Nova Inglaterra”, da RTPi (já transmitido) César Rego, que reconhece que é extremamente difícil entrar no mundo da sétima arte aqui pelos Estados Unidos, porque há milhares e milhares de concorrentes. Os contatos com agências aconteceram rapidamente embora tivesse encontrado barreiras difíceis de ultrapassar na busca do tal sonho de ser ator profissional. “Depois aprendi a trabalhar com a câmara, embora já tivesse a experiência de ator... Através de um dos websites usados por atores fui contatado pela Samsung para um comercial e ai acontece a ligacao e contrato com a agencia Global One de Los Angeles. Gostaram da minha atuação.... De mil atores selecionaram cem, chamaram-me mas infelizmente não consegui o trabalho”, salienta. Reconhece que o teatro, que permite esse contato direto com o público, teve importância fundamental na sua aprendizagem e valorização como ator. “O ator de teatro tem mais concentração, tem de ter mais expressão, tem de encher o palco, enquanto a câmara trabalha para o ator e no teatro o ator trabalha para o público e isso ajudou-me muito”. Habituado a representar em comédias e danças de Carnaval à moda da ilha Terceira, ao longo de mais de duas décadas, sente-se mais realizado com este novo desafio de interpretar personagens em séries dramáticas. “Adoro teatro mas o filme é mais emocionante para mim. Adoro a reação do público, quando estou a fazer teatro e principalmente a comédia que é o meu forte. Mas quando toca a filme eu faço personagens de mau. Comecei com 11 anos na ilha Terceira. Estou agora com essa parte nova de ser o mau da fita o que me da muito gozo, talvez por isso gosto mais de fazer filme”. Para além de ator desponta agora uma nova faceta, a de escrever um argumento, outro desafio que espera vencer. “Isso cresceu em mim. Nunca fui de escrever, mas talvez devido à experiência adquirida no Carnaval acabei por fazê-lo. Mas comecei por compôr música e achava que nunca conseguia escrever um assunto... Tenho cá as minhas maneiras de fazer as coisas”. Tratando-se de ator amador, não tem sido fácil compatibilizar horários com a sua ocupação profissional, dependendo de muito sacrifício da sua parte e da boa vontade da familia, colegas e amigos. “Não é fácil conciliar a vida de ator com a vida pessoal... Tem de se ter um trabalho, não se ganha o suficiente para fazer vida profissional e para ter um trabalho que o patrão aceite que eu tire varios dias de fora, nao e facil... Tem que se querer muito e ser forte mentalmente e não é fácil”, reconhece. Recordo os tempos em que fez parte de dois agrupamentos musicais aqui pela Nova Inglaterra, tendo atuado para festas de todo o tipo e sobretudo para a comunidade portuguesa. “A primeira experiência musical foi com os Mar e Terra... Acabou e dois elementos continuaram comigo e formámos o ACSAC, já foi mais rock, uma fase mais difícil da minha vida. Assuntos a ver mais com depressão e mais frustrado com a vida”. No meio de vários projetos que tem em mente, alguns dos quais já em concretização, acalenta o sonho de um dia ser ator profissional e alcançar outros horizontes bem mais promissores. “O meu sonho e ser ator profissional. Se conseguisse fazer vida de ator profissional já estaria realizado. Estamos agora a acabar uma curta metragem em português feita aqui em Fall River. Eu a produtora e o realizador já estamos a pensar em fazer uma comédia em longa metragem e em português.... Penso que vamos conseguir isso”, conclui César Rego.
Posted on: Mon, 22 Jul 2013 19:04:26 +0000
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