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Publico a carta aqui e e post próprio. IMPORTANTE!!! –UFMG!!!! “Caros colegas e amigos da comunidade acadêmica da UFMG, Peço a atenção de vocês como membro da Congregação e chefe do departamento de Clínica Médica sobre gravíssimo acontecimento em reunião da congregação que alterou, a “toque de caixa”, sem estudo prévio, a decisão tomada anteriormente pela FM-UFMG de não adesão e não participar do programa do Governo Federal denominado "Mais Médicos”. Tal decisão da egrégia Congregação de 12 de agosto foi realizada após apreciação de comissão e profundo estudo da legislação presidida pelo prof. Geraldo Brasileiro, e não foi tornada pública pelos órgãos de divulgação da faculdade passados 16 dias da sua votação. Entretanto, antes de dar conhecimento público de tal decisão, nosso diretor foi chamado em caráter de urgência à presença do secretario de Assistência à Saúde, Senhor Helvécio Magalhães em Brasília solicitando ponderação e dando novos argumentos não oficiais para que reconsiderássemos a importantíssima decisão de nosso órgão máximo. Sem que o tema fosse pauta na reunião da congregação de 28 de agosto, o diretor solicitou inclusão do documento do referido secretário para que decidíssemos açodadamente, sem estudo prévio como na decisão anterior, obviamente para anular o efeito político daquela decisão de não adesão ao programa. Apesar de solicitarmos tempo para uma discussão mais aprofundada, este nos foi negado em votação por interferência do diretor. O fato é gravíssimo e ultrapassa o programa em questão. Nossa Faculdade de Medicina e sua Congregação não podem ser pautadas, sob nenhum pretexto, por qualquer forca externa, em especial quando esta força é o principal financiador econômico da faculdade. Após uma decisão soberana, refletida, com tempo para amadurecimento e posterior submissão à apreciação, é inadmissível que após uma reunião de urgência em Brasília, não só o diretor de nossa faculdade não defenda junto ao governo as opiniões da Congregação, como tenha colocado em pauta sobre pressão governamental a atenuação da opinião anterior. A nossa faculdade não pode estar impregnada do medo de represálias do nosso financiador maior, em vista ter opiniões contrárias a propostas do governo. Nosso vice-diretor deixou bem claro em reunião da congregação de 12 de agosto esta temeridade como argumento para não sermos mais categóricos nas nossas opiniões. Temer este tipo de represália é não confiar na independência, na autonomia e na excelência de nossos projetos que envolvem recursos federais. É a prova de que não podemos fazer ciência e formar médicos com a autonomia e independência que nos é fundamental O fato de o diretor ter sido pressionado pelo Governo Federal a vergar a opinião da nossa faculdade, é o único motivo pelo qual este assunto foi pautado a “toque de caixa”, de afogadilho, em nossa Congregação. É inaceitável que nosso diretor tenha cedido a esta pressão e induzido a Congregação ao erro de tomar uma decisão sem estudar e ler com atenção os novos documentos e a legislação posterior pertinente ao tema. Dai a pressa em atender às angústias políticas do Secretário do Ministério da Saúde responsável pela liberação de verbas públicas em todo o território nacional. Nossa faculdade é a que detém maior experiência em atenção Primária. É evidente que sua opinião seria relevante no contexto geral. Como também, sua acomodação torna-se importantes para o governo Federal. Hoje, ao solicitar revisão do documento antes de sua publicação pela faculdade, como me garante o artigo 105 do Regime Interno da UFMG, fui informado que o texto já seria publicado imediatamente na página eletrônica da Faculdade de Medicina e nos órgãos de informação da UFMG. A estranheza e o desconforto são maiores quando a decisão anterior de não adesão ao programa não tenha sido publicada após 16 dias e a decisão de adesão é publicada imediatamente nos órgãos públicos da Faculdade de Medicina. Está claro que esta celeridade não foi pautada pela comunidade acadêmica, mas pelas necessidades externas a ela. Apelo à comunidade acadêmica uma reflexão sobre o rigor para com a nossa autonomia que não pode ser rasurada devido à influência do poder econômico, seja ele público ou privado. Temos que ter serenidade para discutir o que é melhor para a comunidade brasileira e para nossos alunos sem este tipo de ingerência. Creio que os argumentos pedagógicos de um único professor são insuficientes para reverter a avalanche de interesses econômicos e políticos de nosso principal financiador. Mas, para tanto, levarei este assunto à Câmara Departamental solicitando uma Assembleia dos Professores do Departamento de Clínica Médica para que se reflitam frente à necessidade de outra condução política na nossa faculdade que respeite os interesses acadêmicos em detrimento dos interesses econômicos e das pressões políticas indevidas de qualquer governo. Agradeço sua atenção, Prof. Ricardo de Menezes Macedo Chefe do departamento de Clínica Médica da FM-UFMG.”
Posted on: Fri, 30 Aug 2013 09:49:30 +0000

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