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PÓLIPO ENDOMETRIAL “Pólipo” é termo clínico aplicável a qualquer formação, séssil ou pediculada, que faça relevo a partir da área de implante em relação à superfície adjacente. O termo pólipo endometrial, mais específico, designa a projeção da mucosa uterina (parte que cobre a cavidade uterina), podendo apresentar base larga ou pediculada e podem ser divididos em endometriais ou cervicais (localizados no colo do útero). A estrutura microscópica dos pólipos endometriais é constituída por glândulas e estroma, sendo este último composto por tecido fibroso, fibromuscular e vasos sanguíneos com paredes espessadas, e recoberto por endométrio (camada interna que reveste a cavidade uterina). Quanto a sua origem ainda há dúvidas. Acredita-se que o desenvolvimento do pólipo endometrial esteja relacionado na maioria das vezes a estímulos hormonais, como pode ser observados em mulheres tratadas com tamoxifeno (medicação utilizadas por mulheres que tiveram câncer de mama) ou em casos de utilização prolongada de estrogênios isolados. Foram demonstradas alterações genéticas que poderiam modificar os mecanismos responsáveis pelo controle de multiplicação e morte celular na camada basal do endométrio (camada mais profunda do útero, que o recobre por dentro). A prevalência dos pólipos endometriais na população feminina em geral é de 24-25% e o pico etário de incidência está situado entre os 40 e 50 anos. Os principais sintomas associados à presença dos pólipos são: sangramento anormal na pré-menopausa, sangramento após a menopausa e infertilidade. Na pós-menopausa, 70 a 75% das pacientes com pólipo endometrial não apresentam sintomas, tendo como único achado ocasional um espessamento endometrial, geralmente focal, à ultra-sonografia transvaginal. A ultra-sonografia transvaginal, embora não apresente especificidade para o diagnóstico de pólipo endometrial, é o método de escolha para triagem de patologias endometriais em mulheres com sangramento uterino anormal. A curetagem uterina não é o melhor método para diagnóstico dos pólipos endometriais, pois embora possibilite retirada de amostras de endométrio para biópsia, por ser um método feito às cegas, pode falhar, principalmente, no diagnóstico de lesões focais como os pólipos. A histeroscopia diagnóstica (ver histeroscopia) permite a visualização ampla da cavidade uterina permitindo que o médico histeroscopista possa identificar facilmente o pólipo e realizar a biópsia dirigida da lesão. Geralmente os pólipos endometriais são benignos. No entanto, um foco de malignidade pode ser encontrado ocasionalmente em pólipos uterinos. As taxas de malignização dos pólipos endometriais são geralmente inferiores a 3%. Observou-se, entretanto, alta prevalência de pólipos endometriais em úteros com câncer endometrial. Embora sejam considerados benignos, não há consenso sobre a melhor forma de tratamento dessa doença. Alguns autores sugerem que sejam vistos com certa desconfiança e, portanto, removidos, uma vez que, a histeroscopia cirúrgica é um método seguro e eficaz no tratamento dos pólipos endometriais, com melhora do padrão de sangramento na grande maioria das pacientes. Além disso, pacientes inférteis, com pólipos endometriais independentemente de seu tamanho, apresentam melhora da sua fertilidade após polipectomia (remoção do pólipo) por histeroscopia.
Posted on: Sat, 07 Sep 2013 02:30:33 +0000

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