Que a fofoca é inevitável, quer seja na empresa, na escola ou mesmo dentro de casa, todos sabemos. No entanto, cultivar este hábito no ambiente de trabalho pode ser perigoso, já que ele é capaz de comprometer a imagem profissional, algumas vezes de maneira irreversível. “A fofoca é um fator cultural e nós pagamos um preço por isso”, adverte Waleska Farias, coach e consultora de gestão de carreira e imagem. Para ela, os mexericos podem contaminar o clima da empresa, além de prejudicar a carreira e até a saúde de um funcionário. Foi o que aconteceu no escritório de uma consultoria de gestão fiscal e tributária, com sede em São Paulo, quando se contratou uma gerente comercial que chamava atenção pela beleza. Especulações sobre a competência e o envolvimento da profissional com funcionários ganharam espaço, interferindo na rotina de trabalho dela, que passou a sofrer ataques e constrangimentos, principalmente de mulheres. As atitudes tomaram uma proporção tão grande que a moça comunicou o problema e os envolvidos à área de RH. Apesar de atuar como especialista de processos no RH, Mariana (nome trocado a pedido da entrevistada) participava dos fuxicos e foi advertida por seu comportamento, tendo que se retratar com a colega e resolver a situação com os demais participantes. “Quase joguei minha carreira fora por causa de fofoca”, reconhece. De acordo com a consultora, o ideal é manter uma postura ética e evitar comentários que não possam ser ditos naturalmente. Para não cair na armadilha da fofoca, Waleska sugere três atitudes: - Antes de falar sobre alguém, imagine se a pessoa em questão aprovaria aquele comentário. - Pense como você reagiria se fizessem o mesmo comentário a seu respeito. - Avalie se o seu comentário é relevante e realmente agrega algum valor àquela situação. “Boato não é fato. Não podemos nos influenciar por uma informação que chega até nós, sem saber se ela é verdadeira”, diz Mariana, que está mediando o conflito com os colegas. Por enquanto ninguém foi demitido na empresa, ainda que isso seja muito comum em situações semelhantes. Segundo a consultora, há casos de pessoas que precisaram mudar de área de atuação e até de cidade, por conta de problemas com fofoca na carreira.
Posted on: Fri, 16 Aug 2013 18:33:07 +0000
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