Quem acompanha a trajetória do cantor e compositor mineiro - TopicsExpress



          

Quem acompanha a trajetória do cantor e compositor mineiro Péricles Garcia, desde o lançamento do seu primeiro CD, Mar de Montanhas, em 2002, suas incursões no pop e rock como cantor-intérprete na música nacional e internacional, até o lançamento do seu EP “Cosmopolita” em abril de 2011, percebe a versatilidade e o amadurecimento que o artista imprime no seu trabalho desde o primeiro disco, com traços fortes da MPB e influência do Clube da Esquina. Os anos se passaram e Péricles, músico da noite, participou de diferentes bandas de rock, levando a sua voz a um sem-número de casas noturnas de BH e arredores onde se apresenta aos finais de semana. Com a chegada do seu último CD, “Outros Heróis”, há algumas semanas, e tendo acompanhado parte da “fase apaixonada” e extremamente autoral, cheguei a supor que o teor do disco seria uma homenagem quase que exclusiva à sua amada, “Maria Teresa”. Qual é a minha surpresa quando paro para ouvir as canções na sequência em que foram gravadas (eu havia recebido algumas canções avulsas e escutado algumas em shows) e me deparo não com uma, mas uma coleção de homenagens. O disco não só era dedicado somente a Maria Teresa, mas entre os próprios músicos e seus familiares, incluindo-se aí uma canção de Affonsinho (ex-Hanoi Hanoi) dedicada à sua mãe, “Acontece que”. O resultado, que a princípio poderia sugerir um clima exageradamente intimista, consegue levar o ouvinte a uma identificação inesperada, do início ao fim. Com muito rock, um único blues, “Melhor assim”, baladas com toadas românticas e toque “country”, “O herói”, ainda revivemos um quê da alma de Raul na belíssima “Meu alento”, do letrista e baterista Paulo Valle. Mas, atenção! Como o tempo é curto e o espaço também, é preciso fazer uma recomendação: este disco é contra-indicado para pessoas sensíveis que insistam em ser “duronas”. Afinal, é impossível não se emocionar em pelo menos três das faixas-baladas, “O herói”, “Acontece que”, com a voz doce de Affonsinho e “O preço do apreço”, esta última escrita a quatro mãos, de Péricles para Paulo Valle e vice-versa. Este músico, até onde sei, não é sequer cantor e nem possui essa pretensão, ainda mais quando a sua voz é colocada lado a lado com o vozeirão de Péricles, mas a sinceridade na letra e honestidade na interpretação chegam a ser tão tocantes, que é impossível conter as lágrimas durante a canção, que encerra o disco. Desde a pérola “Amigo é pra essas coisas”, de Silvio Júnior e Aldir Blanc, imortalizada pelo MPB4, não havia ouvido uma canção de amizade tão “simples” e profunda que me tocasse tanto quanto essa: “Pois sempre quis que a dor que me invade não te alcance, nem te atinja. E que um sorriso tinja seu rosto trazendo um doce pra sua vida”. A quem vai participar do show de lançamento do CD “Outros Heróis” neste sábado, em Lavras Novas, no Espaço Santo Graal, a certeza de que terão uma apresentação emocionante e inesquecível. Aos que esperam o show de BH, em agosto, o Teatro Alterosa com certeza ficará pequeno. Rubens Lacorte Quer saber mais? periclesgarcia.br/outros-herois/
Posted on: Fri, 12 Jul 2013 21:37:30 +0000

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