RISCOS POLÍTICOS PAIRAM SOBRE A INDÚSTRIA DE PETRÓLEO DO - TopicsExpress



          

RISCOS POLÍTICOS PAIRAM SOBRE A INDÚSTRIA DE PETRÓLEO DO BRASIL, DIZ WSJ APÓS LIBRA • Conforme aponta a publicação norte-americana, poucas empresas inscritas no leilão indicam maiores oportunidades em outros lugares e cenário diferente de 6 anos atrás Os gigantes de petróleo Exxon Mobil, Chevron, BG e a BP deixaram de lado a disputa pelo campo de Libra, no primeiro leilão de grandes descobertas em águas profundas no Brasil. O mercado, segundo aponta o Wall Street Journal, reflete as mudanças no cenário da indústria do petróleo e a estratégia bastante pesada do governo para desenvolver os campos. Os potenciais concorrentes para o campo de Libra, conforme anunciado na última quinta-feira, incluem a Royal Dutch, Shell, Ecopetrol, Petrogal, Total, Repsol Sinopec Brasil, Mitsui, ONGC, Petronas, CNOOC e CNPC, o que mostra que a lista foi dominada por empresas asiáticas. Conforme destaca o Wall Street Journal, a decisão da Exxon, maior empresa de petróleo do mundo e várias outras grandes empresas petrolíferas para ignorar o leilão está em contraste com o entusiasmo sobre os achados de petróleo em águas profundas há seis anos. Estes foram os maiores achados do hemisfério em décadas é foi tão grande que o pré-sal se tornou a estratégia para trazer a nação para os olhos do mundo desenvolvido. Mas, destaca a publicação, o mercado de petróleo mudou. Na época em que o Brasil descobriu o pré-sal, alguns especialistas se preocupavam que a oferta de petróleo do mundo tivesse atingido um pico e a commodity se tornaria escassa. Contudo, novas tecnologias abriram fronteiras para a exploração do petróleo e novas alternativas, como regiões da África, tem atraído cada vez mais empresas para a prospecção do petróleo, assim como no México. Contudo, o fator mais preponderante para esta mudança é a estratégia dominada pelo Brasil para o desenvolvimento do campo que coloca a pressão sobre os lucros que as empresas petrolíferas podem fazer, avaliam os especialistas do setor de petróleo. Com as regras para a chamada do Campo de Libra, deixa-se um papel dominante para a empresa estatal brasileira Petrobras (PETR3;PETR4), assim como a exigência de conteúdo nacional, o que torna o empreendimento mais atraente para grandes empresas estatais da China, que estão menos focadas em lucro. Conforme afirmou o consultor de infraestrutura, Adriano Pires, "o governo não pode dizer que esta foi uma surpresa, porque as regras foram concebidas para atrair empresas chinesas estatais". E a públicação destaca: a Petrobras é considerada uma das melhores do mundo na exploração de petróleo em águas profundas, mas outras grandes companhias poderiam trazer conhecimentos tecnológicos e de gestão. De acordo com a publicação norte-americana, o tiro pode sair pela culatra caso as dificuldades de exploração aumentarem. Em comunicado, a Exxon, uma das desistentes, disse que procura oportunidades ", onde podemos alavancar nossa experiência e tecnologia", e que olha para a frente "para avaliar [outras] potenciais oportunidades no Brasil ". O WSJ ressalta ainda que o governo de esquerda brasileira vem realizando uma série de leilões de infraestrutura para trens, aeroportos e outros projetos que têm atraído muito menos empresas de primeira linha do que o esperado. RISCOS POLÍTICOS PAIRAM SOBRE A INDÚSTRIA DE PETRÓLEO A publicação norte-americana destaca ainda que os riscos políticos pairam sobre a indústria de petróleo brasileira. Os executivos da Chevron ficaram irritados depois que as autoridades brasileiras processaram a empresa em US$ 20 bilhões e ameaçou prender os gestores locais em decorrência de um vazamento, que teve uma limpeza relativamente rápida. A Chevron conseguiu realizar um acordo por US$ 50 milhões, mas o episódio enviou um sinal de que complicações menores terão consequências graves para as empresas, elevando o custo de fazer negócios no Brasil. Além disso, os movimentos de alguns setores pedindo pelo cancelamento do leilão na sequência das acusações de espionagem da NSA e os altos custos de desenvolvimento para o campo de Libra, são outros fatores que levaram a menor atração das companhias de petróleo no Brasil. Em contraste, elas procuram oportunidades na África Ocidental, no Golfo do México e de gás de xisto nos Estados Unidos. Por fim, está ainda a participação obrigatória da Petrobras, que também pode ser um impeditivo. • infomoney.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/2971557/riscos-politicos-pairam-sobre-industria-petroleo-brasil-diz-wsj-apos
Posted on: Mon, 23 Sep 2013 16:13:17 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015