Reações e perseguições Da segunda metade do século - TopicsExpress



          

Reações e perseguições Da segunda metade do século XVI em diante, as coisas ficaram piores: começou a perseguição aos ciganos, primeiro movida pelos camponeses, depois pelos prefeitos das cidades e até pelos reis. No Ducado de Milão, em 1663, foi publicado um édito que proibia a entrada dos ciganos nos domínios milaneses, sob pena de sete anos de cárcere para os homens e de uma orelha cortada para as mulheres. Maria Teresa, da Áustria, em 1768 tornou ilegal a permanência de ciganos em seu país a menos que eles morassem em casas, trajassem à maneira dos camponeses e trabalhassem em ofícios definidos. Mas nem em Milão, nem na Áustria, nem no resto da Europa eles mudaram seu modo de vida. A América e a Austrália só os receberam na segunda metade do século XX. Usos e costumes Tradicionalmente, os ciganos levam vida nômade, deslocando-se em grupos de tamanhos diversos, compostos por um conjunto de núcleos familiares mais ou menos extensos, sob a liderança de um chefe vitalício escolhido. A maioria dos ciganos, até poucas décadas atrás, ainda formavam caravanas puxadas por cavalos; abrigavam-se em tendas, pedreiras e minas. Em fogueira, ao ar livre, cozinhavam seus frangos, ovos e vegetais. Seus alimentos, afirmam os comentaristas mais críticos, eram "quase sempre roubados, já que eles não plantam, nem criam animais para o abate". "Sua profissão é a mentira", diz Cervantes. "Mas há uma lei cigana que proíbe roubar... alguém mais pobre." Viviam principalmente da criação e comércio de cavalos, do artesanato em metal, vime e madeira, e das artes divinatórias, como cartomancia e quiromancia. A música dos ciganos, executada em público apenas pelos homens, permanece muito popular e é uma atividade rendosa na Europa Central. Não abandonam a quiromancia, embora professem a religião dominante no país em que se instalam. Cigano modelando um cesto. Artesanato Cigano Primeira metade do sec. XX - França casadei.fr Violinista cigano na República Tcheca Violinista cigano República Tcheca slunceveskle As adivinhações têm terminologia própria e algumas vezes utilizam as cartas como acessório. Através dos ciganos, o baralho (tarot) foi difundido pela Europa. Assimilam facilmente as artes do lugar onde habitam, em especial a música e as danças folclóricas. Interpretam-nas com um estilo próprio, que inclui o uso do violino, seu instrumento por excelência. Cada grupo tem um chefe natural, escolhido, não-hereditário. Na família, o membro central é a mãe, que exerce autoridade sobre os filhos e é dona do patrimônio. O mesmo sistema se aplica à tribo, que tem uma mãe tribal, a puri dai, guardiã do código moral. Os infratores são julgados por um júri de "condes". E, nos casos mais graves, a pena é o banimento da tribo. Alguns estudos dão nuances diferentes da organização social dos ciganos, possivelmente em razão da diversidade dos grupos estudados. Quanto à posição das mulheres dizem que "segundo os costumes ciganos, as mulheres devem subserviência aos homens, e as mulheres casadas sempre usam um lenço para cobrir a cabeça". A questão política Várias foram as tentativas de agrupar os ciganos sob o poder de um só governante. Uma delas foi o aparecimento da dinastia Kwick, inaugurada por Gregory Kwick, cigano polonês que, por volta de 1883, se declarou "rei dos ciganos". Durante seu reinado, realizou-se, em 1909, o único recenseamento cigano de que se tem notícia; o censo informou que havia então na Europa 600 mil ciganos. Gregory abdicou em 1930 em favor de seu filho Michael II, que, após sete anos de governo, foi sucedido por Janusz I. Este proclamou-se administrador dos ciganos da Hungria, Espanha, Alemanha, Bulgária, Iugoslávia e Polônia. Planejou ir a Genebra reivindicar um país para seu povo, mas o projeto foi vetado por uma assembléia cigana. Seu "reinado" durou apenas um ano. Sucedeu-o Mathew Kwick, do qual não se tem maiores notícias. O vagão-acampamento adotado por ciganos no sec. 19
Posted on: Sat, 07 Sep 2013 06:52:38 +0000

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