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Reproduzo, sem autorização, trecho do site de Carlos Brickmann (brickmann.br). Brickmann é um dos mais lúcidos e bem informados jornalistas brasileiros. Os anônimos, os invisíveis. Coluna Carlos Brickmann (*) - ATENÇÃO: COLUNA EXCLUSIVA PARA A EDIÇÃO DOS JORNAIS DE DOMINGO, 16 DE JUNHO DE 2013 Quem comanda os manifestantes? Sabe-se pouco deles, exceto que pertencem a variados grupos de esquerda. Quem, em São Paulo, foco da crise, comanda os agentes que os enfrentam? Ninguém: durante a maior parte do tempo em que a cidade parou, prefeito e governador ficaram em Paris, sofrendo as agruras de estar longe de casa, em campanha para que São Paulo seja escolhida, daqui a cinco meses, para sede de uma exposição que se realizará daqui a sete anos. Na terça, noite de tumultos, o governador tucano Geraldo Alckmin e o prefeito petista Fernando Haddad estavam juntos, jantando com as esposas, preocupadíssimos com São Paulo, na Embaixada brasileira em Paris. Ambos os casais se hospedaram no ótimo e caro Hotel Matignon. Nem Haddad nem Alckmin pensaram em voltar ao Brasil para enfrentar a crise. Como ensina a clássica canção americana (youtu.be/y87nu14ZLU4), é irresistível a primavera em Paris. Na rebelião de maio de 68, o general De Gaulle foi para a TV e, num discurso histórico, reverteu a maré política. Mas De Gaulle estava em Paris a serviço. Seria essencial a presença de Alckmin e Haddad na França? Não: nenhum dos dois tem imagem que reforce a candidatura paulistana. Poderiam ter enviado Guilherme Afif para a Europa. Se Afif é vice do tucano e ministro do PT, poderia acumular mais dois cargos e representar tanto Haddad quanto Alckmin. Se Haddad e Alckmin estivessem em São Paulo, teriam resolvido algo? Provavelmente não; mas pelo menos estariam no posto para o qual foram eleitos. O horror... A Polícia Militar paulista tinha o dever de controlar os manifestantes, evitar ao máximo os danos ao patrimônio público e privado, garantir ao máximo o direito de todos de movimentar-se pela cidade. Cabe-lhe agir com energia, dentro da lei. Mas, especialmente na quinta-feira, exorbitou na violência, chegando a fazer com que parte da opinião pública mudasse de opinião e passasse a desculpar o vandalismo dos manifestantes. Houve casos em que jornalistas perfeitamente identificáveis foram atacados (em duas vezes, balas de borracha na cabeça; em outra, spray de pimenta nos olhos, a curta distância; em outros casos, prisão por ter vinagre na mochila - uma precaução contra bombas de gás). Muita gente foi espancada sem saber o motivo; e houve bombas de gás lacrimogêneo atiradas a esmo. Haverá rigoroso inquérito, prometem as autoridades. Então, tá. ...o horror Mas que ninguém diga que, se a PM não agisse, as manifestações teriam sido pacíficas. Ninguém põe um coquetel Molotov na mochila para comer linguicinha acebolada com os amigos no bar da esquina, nem para rezar na missa das seis. E há fotos que mostram um rapaz quebrando portas de estação do Metrô e tirando o Iphone do bolso para fotografar a façanha. Como já disse uma vez o cineasta (de esquerda) Pier Paolo Pasolini, é gente rica achando que é pobre e destruindo bens que farão falta a quem não tem dinheiro para Iphone nem carro próprio. Quem paga a conta O Movimento Passe Livre foi criado no Fórum Social Mundial de Porto Alegre em 2005 - promovido, como de hábito, com dinheiro público. O endereço eletrônico do Movimento pertence a uma ONG chamada Alquimídia. Até a quinta-feira, o site da Alquimídia trazia os logotipos da Petrobras e do Ministério da Cultura. O custo dos logos foi de pouco mais de R$ 750 mil.
Posted on: Sun, 16 Jun 2013 21:43:43 +0000

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