SEMANA "SOUL MUSIC" - ORIGENS E TENDÊNCIAS. A MÚSICA QUE VEM - TopicsExpress



          

SEMANA "SOUL MUSIC" - ORIGENS E TENDÊNCIAS. A MÚSICA QUE VEM DA ALMA. This is the sound of my soul... O "soul", que em inglês significa alma, é um gênero musical surgido nos Estados Unidos no final da década de 50 e início de 60, entre os negros. Originário do rhythm and blues, ou r&b e da música religiosa, denominada "gospel", seu propósito também deu-se também com o advento de diversos movimentos de liberalismo social, portando bandeiras como a revolução dos jovens com o uso de drogas, movimentos anti-guerra e anti-racial. Independentemente do gênero ou do movimento, é uma referência considerável à música "negra" americana, e até mesmo da música atual - uma penca de artistas em vários gêneros de música eletrônica (como house music, drum´n´bass, UK garage e downtempo) são fortemente influenciados pelos acordes do soul, e tem produzido muitas composições inspiradas nele -, calcada em melodias ornamentais e improvisadas, malabarismos vocais e instrumentação repleta dos mais variados efeitos. Uma outra característica da soul music é a apresentação de cantores acompanhados por uma banda tradicionalmente contida de uma secção rítmica e de metais (trompete, saxofone, trombone, clarinete são alguns dos mais utilizados). Nos primórdios, digamos finais dos anos 50, gente como a dupla "Sam & Dave", "Ben E. King", "Ray Charles", "Solomon Burke", "Jackie Wilson", "Sam Cooke", "Stevie Wonder", "Marvin Gaye" e os "Isley Brothers" fundiram os vocais do gospel com o r&b, onde devido à vasta audiência por jovens brancos, fez com que a demanda de gravações desses artistas negros repercutisse pelos influentes selos, destacando-se o Stax, baseado em Memphis (Tennessee) e, talvez o maior de todos, Motown, baseado em Detroit (Michigan). Outro gênero não menos fluente, o doo-wop, o qual tinha em primeiro plano os vocais harmônicos, engajados numa seção instrumental jazzística, também exerceram papel de destaque no soul, onde o grupo "Little Anthony And The Imperials", formado em Nova York nos 50´s, foi responsável por top-hits até meados dos anos 70. Os vocais em falsete do seu líder, Jerome Anthony Gourdine, o "Little Anthony", eram de incrível peculiaridade, fato que os diferenciava de inúmeros do gênero. Em 2009, o grupo foi reconhecido pelo rock´n´roll hall of fame, por sinal, um mérito e tanto. Mais grupos surgiam de toda parte dos EUA: "The Moonglows", "The Penguins", "The Orioles", "The Five Satins", "The Five Stairsteps", "The Marcels", estes responsáveis pelo big-hit "Blue Moon", apesar de serem menores e até de repente não terem seus devidos êxitos, também deram seus recados, deixando suas marcas impressas na memorabilia do soul doo-wop. Com a popularização do estilo pelos anos 60, surgem artistas cada vez mais conclamados: o pai-de-todos, o "Godfather of Soul" Mr. "James Brown", "Aretha Franklin", "Otis Redding", "Wilson Pickett", "Joe Tex", "Ester Phillips" estão entre os mais significativos que contribuíram para um grande número de tendências do soul. Finais dos 60´s e início dos 70´s, surgem as influências do rock psicodélico e outras variedades, e artistas - na acepção da palavra - como "Bill Deal & The Rondhels", "The Chi-Lites", "Marvin Gaye", "Curtis Mayfiled", "Isaac Hayes", "The Main Ingredient", "The 5th. Dimension", "The Meters", e até o "Eric Burdon", originário dos Animals, banda britânica de r&b, famosa pelo hit "The House Of The Rising Sun", deixou um registro com o "War", que nada mais é do que uma junção do funk com o soul anglo-americano. "Eric Burdon Declares War", lançado em abril de 70, um manifesto anti-racial prensado numa coletiva "jam-session", único e intacto até os dias de hoje. Ainda pelos anos 70, surge o chamado "blue-eyed soul", ou soul de branco, desenvolvido por "Daryl Hall & John Oates" e "The Hues Corporation", ambos da Filadélfia, que injetaram uma linguagem mais pop, mais mainstream à soul music. Há ainda, da Filadélfia, os "Stylistics" e os Delfonics", também considerados os papas do "Philly-Soul." A disco-music também não ficou por baixo, e pariu nomes como "Earth, Wind & Fire", "The Trammps", "MFSB", "Rick James" com seu dance-funk, "Candi Staton", "Margie Joseph", "Rose Royce", "Stacy Lattisaw", e até "The Commodores", que continha Lionel Ritchie nos vocais, desfilaram seus hits pelas discotéques dos quatro cantos do planeta. Com a "decadência" da disco music em fins dos anos 70, super-estrelas do soul, como "Prince" (Purple Rain) e "Michael Jackson" (Thriller) decolaram. Com vocais quentes e sensuais e batidas dançantes, estes artistas dominaram as paradas lá nos anos 1980. Cantoras de soul tais como "Whitney Houston", "Janet Jackson" e "Tina Turner" também obtiveram popularidade durante a última metade da década. No circuito mais "alternativo", surgiram estrelas como: "Sade Adu", nigeriana, porém criada em Colchester, no Reino Unido, adquiriu popularidade com seu soul-new-bossa, com os bons álbuns "Diamond Life" (1984), "Promise" (1985) e "Stronger Than Pride" (1988). "George Michael", "Spandau Ballet", "Simply Red", "Janet Jackson", "Lisa Stansfield", "Tracey Thorn", do "Everything But The Girl", "Corinne Drewery", do "Swing Out Sister", "Bruce Robert Howard" ou Dr. Robert, do "The Blow Monkeys", o ´solista do gogó afinado´ "Rick Astley" também deixaram suas patentes no chamado soul-pop-chic. No início dos anos 1990, enquanto o rock alternativo e o gangsta rap dominavam as paradas, alguns grupos começaram a fundir o chamado hip hop ao soul. "Michael Jackson" e o grupo "Boyz II Men" foram os mais populares dentre os pioneiros desta fusão, além de outros como "Lighthouse Family", "De La Soul", Stetsasonic" e "The Brand New Heavies", como exemplos. Durante a última parte da década, surge o chamado neo-soul, dando prosseguimento à esta mistura do hip hop ao soul, conduzido por nomes como "Mariah Carey" "Mary J. Blige", "Lauryn Hill" e "Erykah Badu." Mais recentemente, "Amy Winehouse" "Adele", "Joss Stone", além da cantora e guitarrista "Brittany Howard", do "Alabama Shakes" também desfilam(aram) suas canções mergulhadas no blues, no r&b e no soul, em performances ora polêmicas, como as de Amy Winehouse, por exemplo, ora repletas de brilho. No Brasil, despontaram como principais: "Tim Maia", "Tony Tornado", "Trio Ternura", "Banda Black Rio", "Brylho", "Farofa Carioca", "Fat Family", "Sandra de Sá", "Fernando Noronha & Black Soul", e até mesmo "Roberto Carlos" e "Márcio Greyck" que, nos idos dos anos 70, sem quer (querendo?) flertaram com a soul music em alguns de seus trabalhos. Uma corrente sem fim, e que dia-a-dia surge nela vários adeptos. (G.R.)
Posted on: Sun, 30 Jun 2013 18:38:21 +0000

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