SERVIDORES DA SAUDE EM BAURU ENTRAM EM GREVE. Servidores entram - TopicsExpress



          

SERVIDORES DA SAUDE EM BAURU ENTRAM EM GREVE. Servidores entram em greve hoje com 30% a 50% do efetivo paralisado; variação respeitará complexidade do serviço A partir das 7h de hoje, funcionários das cinco unidades de saúde geridas pela Fundação para o Desenvolvimento Médico Hospitalar (Famesp) em Bauru entrarão em greve. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde de Bauru (Seessb), a paralisação será de 30% a 50% do quadro de servidores, de acordo com a complexidade do serviço. Médicos e enfermeiros não integram o movimento. A greve será deflagrada em um momento crítico da saúde de Bauru. Ainda ontem, 33 pessoas aguardavam no Pronto-Socorro Central (PSC) vagas de internação em unidades hospitalares do município. Com a definição pela paralisação, serão afetados os atendimentos nos hospitais Estadual, de Base, Manoel de Abreu, Maternidade Santa Isabel e Ambulatório de Especialidades Médicas (AME) (leia mais no quadro abaixo). Juntas, as unidades empregam mais de 3,4 mil trabalhadores. Por conta da redução de pessoal, a prioridade no atendimento será dada aos casos de urgência e emergência a aos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva. “O movimento é legítimo, mas trata-se de uma área delicada, que lida com vidas. Por este motivo, serão mantidos percentuais razoáveis para os setores mais complexos”, relata o procurador do Trabalho Luís Henrique Rafael. Na tarde de ontem, ele presidiu uma audiência que reuniu representantes da Famesp e do Seessb no Ministério Público do Trabalho (MPT) em Bauru. O encontro, no entanto, terminou sem acordo. Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o reajuste de 20% dos salários, pagamento de vale-alimentação de R$ 400,00 e auxílio-creche de R$ 200,00. Eles exigem ainda a contratação de mais funcionários pela fundação. Impasse A negociação junto à diretoria da Famesp se arrasta desde maio, após a fundação reajustar em 6,5% os vencimentos de todos os seus funcionários em forma de adiantamento e utilizando verba própria. Ao longo do processo, houve também proposta de aumento do vale-alimentação para R$ 300,00 e do auxílio-creche para R$ 150,00. Atualmente, os servidores recebem R$ 275,00 de vale e R$ 130,00 de auxílio-creche, este último destinado apenas às mães. “Queremos que os pais também tenham direito ao auxílio, desde que a mãe da criança não trabalhe para a Famesp”, frisa a presidente do Seessb, Vera Lúcia Salvadio Pimentel. Na audiência realizada ontem, o diretor executivo das unidades e vice-diretor-presidente da Famesp, Antônio Rugolo Júnior, reafirmou que a fundação possui contrato de gestão das unidades hospitalares com recurso pré-definido. Portanto, não seria possível atender a reivindicação de reajuste proposta pelos trabalhadores. “O aumento previsto no orçamento era de 5,2% para 2013 e o que demos está acima da inflação. A defasagem reclamada pelos funcionários vem de anos e não temos como assumi-la, até porque passamos a gerir a maternidade e o Hospital de Base há menos de um ano”, argumenta Rugolo. Segundo adianta o Seessb, a escala de 50% a 70% dos funcionários em atividade será mantida ao menos até a próxima segunda-feira, quando poderá ser reavaliada, com eventual aumento do número de servidores parados. Nova audiência Uma nova audiência foi marcada para a próxima terça-feira no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Bauru. Além de representantes da Famesp e do sindicato dos servidores da saúde (Seessb), serão convocados a participar do encontro membros da diretoria do Departamento Regional de Saúde-6 (DRS-6) e da Secretaria de Estado da Saúde. De acordo com o procurador do trabalho, Luís Henrique Rafael, as partes interessadas deverão procurar soluções para o impasse ao longo desta semana para que, no próximo dia 29, apresentem propostas concretas que possam pôr fim à greve. O vice-diretor-presidente da Famesp, Antônio Rugolo Júnior, informou que, até o final desta semana, deverá se reunir novamente com representantes da secretaria em busca de recursos que possam atender a pelo menos parte das reivindicações dos trabalhadores. “Vale lembrar que a Famesp é uma entidade sem fins lucrativos, que aplica tudo o que recebe em salários ou em investimentos para melhorar o atendimento aos pacientes. Quando dizemos que não temos recursos para oferecer este aumento, é porque não temos mesmo”, justifica. Insuficiente O sindicato dos servidores da saúde (Seessb) informou que os trabalhadores decidiram manter o percentual acima do mínimo exigido pela lei de greve porque, se apenas 30% dos funcionários continuassem em atividade, não seria possível garantir o atendimento de urgência e emergência nas unidades administradas pela Famesp. “A fundação trabalha com um número de funcionários abaixo do recomendado. Em algumas unidades, apenas três funcionários chegam a cuidar de 18 pacientes. Se, nestes setores, a legislação fosse cumprida na íntegra, ou seja, 70% dos funcionários cruzassem os braços, haveria apenas um funcionário para cuidar desta quantidade de pacientes”, informou a assessoria do Seessb, por meio de nota.
Posted on: Thu, 25 Jul 2013 11:58:19 +0000

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