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SOBRE O BRT BELÉM Para início de conversa e para ser direto, é importante saber que o BRT é uma obra para servir aos interesses privados e não públicos, muito menos para suprir as necessidades urgentes de mobilidade urbana, pois, se a intenção fosse desafogar o trânsito e aliviar o sufoco diário da coletividade da região metropolitana de Belém, investir-se-ia em metrô de superfície , que tem a capacidade de conduzir uma média de 2.400 a 3.600 passageiros por viagem de ida e volta, contra a de 400 passageiros, ida e volta, dos ônibus do BRT. Além disso, efetivar-se-iam as hidrovias Belém-Icoaraci-Mosqueiro e incrementar-se-iam as vias públicas principais dessa região com ciclovias ou ciclo-faixas, permitindo ao cidadão que não dispõe de dinheiro ou que necessita economizar para garantir o arroz com feijão dentro de casa exercer seu direito de ir e vir assegurado pela Constituição Federal. Estas obras não são viabilizadas, é óbvio, porque tiram clientes dos empresários do transporte coletivo atual, que patrocinam a campanha eleitoral de muitos políticos que estão no poder. O BRT, pois, assim como muitas outras ações governamentais, espalhadas Brasil a fora - como duplicação de vias, ampliação e reforma da malha rodoviária, redução do IPI dos veículos automotores - está sendo implantado para, sobretudo, como já foi dito, garantir, aumentar e manter os lucros dos proprietários de postos de combustíveis, de empresas de transporte público rodoviário, de concessionárias de veículos, de lojas automotivas, de veículos particulares, da indústria automobilística. É, portanto, apenas mais uma obra de ampliação do espaço público privatizado dentro desse imenso mercado que se tornou as cidades brasileiras. Não se está aqui dizendo que ele e as outras ações não são essenciais para a sociedade, está-se, na verdade, afirmando que ele, o BRT, não resolve, na atual circunstância, o problema da lentidão da mobilidade urbana, do sufoco e sofrimento da população paraense que precisa utilizar o transporte público para circular dentro da região metropolitana e garantir e manter, além do supracitado, outros direitos constitucionais como o emprego e o lazer; está-se destacando, reforça-se, que ele visa, principalmente, já dito, os lucros daqueles poucos que financiam as campanhas eleitorais de alguns políticos dos municípios, estados e do país, lacaios, como disse o escritor Bertoldt Brecht, dos donos das empresas nacionais e dos das multinacionais. A saída, agora, é o mais prejudicado nessa situação, o povo, sair às ruas e exigir que deixe de ser tratado apenas como cliente da iniciativa privada pelo poder público; que seja reconhecido como POVO e que suas necessidades públicas se tornem prioridade nos projetos de ações dos Municípios, dos Estados e do País. Ivanildo Rodrigues
Posted on: Tue, 03 Sep 2013 20:37:15 +0000

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