Saíba mais: O encontro do G-20, grupo que reúne economias desenvolvidas e emergentes, começou nesta quinta-feira (5), em São Petersburgo, na Rússia. A situação na Síria deve dominar os debates das maiores potências do mundo. O presidente Barack Obama se empenha para conseguir apoio para uma intervenção no país. A reunião, que era para ser sobre economia, virou, por causa da crise na Síria, quase um conselho de guerra. O país é o convidado invisível, de quem todos falam, mais ou menos abertamente. Pela manhã, os líderes do G20 fizeram encontros bilaterais, cada país com seus interesses. A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, se encontrou com Xi Jinping, presidente da China, o maior parceiro comercial do Brasil. Antes de começar o G20, houve tempo para uma reunião do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países que respondem pela maior fatia de crescimento do mundo, mas que recentemente desaceleraram. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, esperou como anfitrião a chegada de cada líder convidado. Para Dilma Rousseff, foi um cumprimento protocolar. Já para a alemã Angela Merkel, foi quase uma conversa. Putin fala bem alemão e Merkel chegou querendo encontrar uma posição comum sobre a Síria para toda a comunidade internacional. A lenta e quase relutante chegada do carro blindado de Barack Obama parecia coreografada para aumentar o suspense. O presidente americano tomou a iniciativa e foi cordial e sorridente. Essa atitude, porém, não diz nada do imenso abismo que existe entre a posição dos Estados Unidos de atacar e punir a Síria pelo uso de armas químicas e a posição russa de defesa de seu aliado e de exigência de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. Durante a reunião, Obama e Dilma foram postos lado a lado. Considerando o desconforto e irritação do governo brasileiro com a divulgação da espionagem feita pelos americanos, essa fortuita proximidade pode gerar uma aproximação e alguma explicação por parte de Obama. Segundo um assessor de Obama, o presidente vai tentar essa aproximação e o governo americano vai explicar para o brasileiro o que foi e não foi feito e o motivo. Em linguagem diplomática, o assessor pareceu reconhecer que existe um problema e que vão tentar resolvê-lo nesses dois dias do G20.
Posted on: Fri, 06 Sep 2013 07:40:17 +0000
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