Se bem me lembro, no Egipto estava um ditador chamado Mubarak, aliado dos EUA e de Israel. A um dado momento, esse ditador foi deposto por uma movimentação popular sem precedentes. Depois, veio a democracia e vieram as eleições. Mas o resultado destas eleições que, no seu processo preparatório, foram elogiadas pelos tais US e Israel, não foi o pretendido por estas potências e a Irmandade Muçulmana foi eleita. Como sempre, as eleições neste mundo só servem para consagrar os poderes que joguem o jogo de quem realmente manda. E quando assim não é, o eleito será deposto com a maior brevidade. E a Irmandade Muçulmana foi deposta. Agora, qualquer hipótese de regresso à normalidade democrática (a que reflecte a vitória democrática da irmandade muçulmana) está fora de questão e todos caminhos que apontam nessa direcção, estão minados e são instransponíveis. Se for necessário mergulhar o Egipto num banho de sangue para que um interesse anti-US/Israel não se instale naquela região, então, assim será.
Posted on: Sun, 18 Aug 2013 13:08:38 +0000
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