Segunda eu estive na mais bela passeata que ja vi. Nunca imaginei que pudesse viver pra ver aquilo. cem mil pessoas gritando palavras de ordem. Senti orgulho, uma sensaçao de dever cumprido. Hj chego em casa sentindo revolta, vi uma passeata muito diferente, que sinceramente nao foi de meu agrado, poucas palavras de ordem, muita festa. Mas que era td que o senso comum pedia, calma e pacifica. As primeiras bombas foram suficientes para esfriar os animos, bombas atiradas em meio a crianças, idosos e maes, ainda assim, todos voltavam calmamente, bradando "sem violencia". Mas a PM nao ouviu. Indigçao, foi meu primeiro sentimento, puxei um grito de resistencia, bradei para que todos ficassem, mas nao adiantou poucos se unirao a mim.E Ainda assim fomos escurraçados como gado. Seguiamos pela presidente Vargas com bombas estorando atras de nós. O choque cercou todas as ruas afluentes e la fez mais do mesmo. Com as estaçoes de metro fechadas e uma enorme quantidade de gente nao havia pra onde correr. Seguiamos a marcha, e retomamos os gritos de ordem. E alguns mais indignados e mais corajosos que eu começaram a arrancar cartazes e outros simbolos da prefeitura. Começaram os gritos de "sem violencia" mas dessa vez com pouca força, discussoes apareceram, os revoltados demais para repetir tal grito contra aqueles dometicados demais para larga lo. E como um movimento de martelo e bigorna o choque cercou a todos, com mais bombas covardemente atiradas em quem so voltava pra casa. Eu escapei pelo campo de Santana ao lado da biblioteca, o choque vinha pela afluente. Com mais bombas. E ali eu vi, ali eu senti a revolta. Senti ela em minha garganta enquanto as bombas estoravam perto de mim. Entendi, a furia que alimenta aqueles, vandalos, baderneiros, criadores de confusao. Mas eu decidi correr, e me afastar. O instinto de auto preservaçao falou mais alto. Parei em um bar, pra respirar. Me sentia mal pela mistura de raiva, decepçao e gas lacrimogenio e minha garganta. E la vieram eles, atirando bombas. Em pessoas que cometiam o grave crime de tomar um chopp no bar. Corri pela terceira vez, estaçoes de metro fechadas, até a cinelandia. Onde um grupo ainda protestava em frente a camara, com as mesmas palavras do inicio, gritei junto enquanto rumava pra estaçao, ja cansado demais pra me unir a eles, e revoltado demais com repetir alguns de seus gritos. E mais uma vez, ouvi os estouros, e pela quarta vez o choque covardemente arremessou suas bombas em manifestantes.E foi isso que ganhamos comprando o discurso do "sem violencia" hj eu enraizei minha posiçao como nunca, a resistencia é legitima, eu nao tenho a coragem, ou talvez esteja domesticado demais para me juntar a eles. MAS SIM OS BADERNISTAS ME REPRESENTAM!!
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 19:49:03 +0000
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