Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006 são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: ... II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; Nestes anos todos atendendo mulheres, conversando com pessoas que passam por esta situação tenho percebido o que a própria literatura afirma, que esta é uma das mais difíceis para a mulher e o agressor perceberem que ocorre. Com relação a ela, mulher, por ser comum já no dia a dia da relação, por ninguém (geralmente) perceber pois se dá entre duas pessoas, não encara que isso é violência, apesar de todo o dano que causa a sua saúde, principalmente. Com relação ao homem, este também não encara a situação como violência, visto que não deixa marcas visíveis (violência física). A situação perdura entre a violência psicológica e a violência moral (ofensas) e gestos e palavras de querer bem. A explicação que se dá por parte de muitos homens, quando questionados, durando o atendimento eu só falei aquilo para o bem dela, porque eu amo aquela mulher. O homem aparece aqui na figura do protetor, do que sabe o que é melhor para a mulher, de igual forma como muitos pais fazem com os filhos (admissíveis dentro do contexto pai e filhos até certo momento pois, por exemplo, quando se trata de escolher qual faculdade, qual carreira o garota, garota irá seguir tal intromissão, disfarçada às vezes de conselho mas acompanhada de frase só vou ajudar nas despesas da faculdade, se você fizer medicina..direito - carreiras que representam o que os pais escolheram para si e querem repetir nos descendentes, ou o que não conseguiram fazer e colocam o filho como pessoa a realizar o sonho paterno ou materno, frustrado)! Este quadro permanece, às vezes, por anos, com sofrimento intenso da mulher que ate responde , quando perguntada ele quer o meu bem. Difícil de ser percebido como violência pela mulher, pelo homem. Difícil de ser encarado como crime! O SILÊNCIO LEVA À IMPUNIDADE!!
Posted on: Sat, 19 Oct 2013 16:57:18 +0000
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