Sempre a mesma atitude: Deus presente na vida inteira; presença que se traduz em palavra e silêncio. Podemos comprová-lo por nós mesmos, sem recorrer ás lembranças de testemunhas oculares. A impressão dominante que Frei João nos causa, em sua vida e em seus escritos, é exatamente esta: homem de Deus. É a imagem primeira e é também a última. Mesmo depois de ler estudos especializados sobre suas abordagens geniais em teologia, psicologia, linguagem e poesia, não conseguimos ver João da Cruz como especialista em nenhum destes campos. Continua sendo e parecendo o homem de Deus. Viveu uma presença e intimidade constante, não afetada pelo curso favorável ou doloroso dos acontecimentos, nem pelas alternâncias do coração. "Deus sabe agir numa e noutra circunstância." "Senhor Deus meu! Não és estranho a quem não te estranha. Como dizem que te ausentas?" É alento de vida, que inspira a própria conduta e o modo de ver os demais. Assim, lembra frequentemente a seus religiosos, fazendo-os observar que o maior sinal de presença é o amor ao próximo: amar como Deus os ama, como nos ama Deus. "Costumava dizer que, por onde quer que andássemos, fizéssemos o bem a todos, para que parecêssemos filhos de Deus. E que jamais fizéssemos mal a ninguém, que nem com ações nem com palavras ofendêssemos a nossos próximos."
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 00:09:16 +0000
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