Sinceramente, antes de entrar na faculdade de ciências sociais eu acreditava encontrar por lá, pessoas revolucionárias. Revolucionárias em todos os sentidos da palavra, com vontade de fazer revolução principalmente em si mesmo, transformar seu mundo através do olhar verdadeiro ao outro, o olhar de alma pra alma, de gente pra gente. Atualmente, sinto muita falta disso, principalmente falta de afeto e de compreensão. Sinto muitas preocupações em estereotipar o desconhecido com classificações do tipo " reacionário", "moral pequeno burguês", "pensamento senso comum", entre outros; ao invés de buscar um diálogo sincero e ouvir de fato o que o outro tem a dizer, o que o outro tem a ensinar, e quais os motivos do outro diante das suas possibilidades. Bom, da minha parte em escrever tudo isso, talvez falte um pouco de compreensão mesmo diante de uma grande revolta, onde a injustiça social em demasia nos faz perder a esperança. Mas, olha, eu ainda acredito que atacar o outro com palavras que trazem peso ideológico não é a melhor forma de transformação, ou seja, mais parece um ataque de proteção ao próprio ego do que qualquer outra coisa. Mas tudo bem, talvez um monte de gente depois que ler isso não vai mais me cumprimentar na faculdade, talvez um monte de gente não leia até aqui, talvez ninguém curta... mas eu ainda continuo acreditando em cada pessoa que passa diante dos meus olhos, e é muito bom se dar conta disso.
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 12:16:45 +0000
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