Sobre questionamento feito ao CAHS sobre a turma especial de - TopicsExpress

Sobre questionamento feito ao CAHS sobre a turma especial de assentados da reforma agrária, e possibilidade de protestos ou manifestações dos estudantes e do CAHS contra a implementação da turma, contra a "ilegalidade" e "ilegitimidade" do MST: "A turma especial para assentados da reforma agrária é fruto de parceria da UFPR e do INCRA, fazendo parte do PRONERA - Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária. A turma não se destina a "Militantes do MST", mas sim a pessoas que vivem em assentamentos e comunidades rurais regulamentadas pelo INCRA. Em 2011, o tema foi objeto de ampla discussão entre os estudantes da UFPR, e a questão que se coloca é: trata-se de política de inclusão social de um grupo marginalizado, não o MST, mas os milhares de assentados a quem são negados os mais básicos direitos, dia após dia. A UFPR, por ser uma universidade pública, tem um compromisso social de efetivar a promessa constitucional de construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e um dos caminhos para que isso se realize é possibilitando que os movimentos sociais, cotidianamente criminalizados, possam encontrar lugar em meio a um sistema jurídico que, prometendo liberdade e igualdade, opera por meio da exclusão; e o CAHS, por representar estudantes com tão profunda dívida social - afinal, os estudos dos milhares de alunos que se formam nesta casa são custeados pela sociedade - não pode assumir posição que manifestamente pretende oprimir uma minoria já excluída da sociedade de consumo e do mercado de capital. Assim, deixamos claro - e isso desde que as discussões sobre a turma do PRONERA tiveram início - que o CAHS é favorável à implementação da turma, e que não - de maneira alguma - faremos algum protesto ou manifestação visando à supressão de direitos de um grupo social cuja própria existência é pintada como ilegítima, seja pelos meios de comunicação de massa que denunciam a "violência" dos movimentos sociais e não a dos grandes produtores rurais, seja pelo pensamento hegemônico que enxerga como "criminosas" quaisquer alternativas à estrutura social vigente."