Sorri quando chegamos ao fliperama, tudo estava exatamente como eu - TopicsExpress



          

Sorri quando chegamos ao fliperama, tudo estava exatamente como eu lembrava. Os frequentadores mais velhos, mas ainda os mesmos. Como sempre os mais velhos mandavam, os pessoal do Ensino fundamental não andava muito por aqui já que morriam de medo da galera do Ensino médio, aqui os "grupos" antes de serem divididos pelos clássicos esteriótipos (bad boy, patricinha, rockeiros, emos e etc) eles eram divididos por idade. Com exceções, claro. Tipo o Vitor que tinha repetido a 8º serie três vezes e já tinha tinha 18 anos e de acordo com as "regras" do fliperama ele não deveriam vim aqui já que ainda esta no Ensino fundamental, mas ele tinha uma cara assustadora e uma péssima reputação então quem diria a ele quem ele não deveria estar lá? Eu é que não. O fliperama fica na esquina de uma avenida principal, o fliperama em si fica em um espaço que olhando de fora parece mais um posto de gasolina sem as bombas. Onde ficaria aquela loja de conveniências que vendem coisas hiper caras do posto esta o fliper, dentro é um enorme espaço cheio de maquinas e video games (desde Ps3 a X-box). O que tornou o fliper um "point" não foi só os games, embora isso ajudou, mas o enorme estacionamento e a pequena lanchonete ao lado (que também pertence ao fliper). Agora faça as contas Games+Espaço+comida+Livre-de-pais = Point jovem. Mas enfim... Meus amigos (malditos) seguiram me arrastando para uma das mesas que ficavam em frente a lanchonete. Samuel sentou a minha direita, Thyago a minha esquerda, Pâmela ao lado do Thyago e Mhayara ao lado do Samuel. Esses quatro são meus melhores amigos desde sempre... Bom... Não desde SEMPRE, SEMPRE... Mas vocês entenderam. Eu conheci a Pâmela primeiro quando tinha 10 anos e tinha acabado de chegar nessa escola nova que me parecia assustadora. Eu sou filha única e nunca tive muito contato com meus primos ou mesmo meus vizinhos, quando eu era criança e estava disposta a estar ao redor e brincar com ouras crianças meu pai super protetor não me deixava sair, eu basicamente fui de casa pra escola e da escola pra casa quase toda a minha infância e pra casa da minha avó ao domingos. As minhas escolas sempre foram próximas a minha casa ate a quinta serie quando eu fui transferida para essa escola no centro, eu estava em pânico. Cheguei na escola tentando ser invisível o máximo possível, sentava no fundo da sala e ficava quieta o tempo todo. Um dia esse garoto alto, magro e desajeitado veio falar comigo, o nome dele era Frank, ele falou comigo como se nos fossemos amigos a vida toda. Ele era assim com todos... Na cabeça dele, ele era mesmo amigos de todos. Na minha sala eu não era a única "esquisita que sentava no canto", no canto do outro lado da sala sentava essa garota morena, baixinha, com o cabelo negro mais liso que eu ja tinha visto. Ela tinha um corte de cabelo estranho uma franja enorme que cobria o seu rosto quase todo, a parte de trás era curta ate a nuca e a frente comprida... Ela ERA esquisita. Mais do que eu. Frank com seu jeito "nada a ver" também falava com a menina, acho que ele era o único. Bom... Ele era o único que falava comigo também, mas ninguém me conhecia já que eu tinha acabo de ser transferida e já era quase o meio do ano então era normal ninguém se importar em me conhecer. Todos pareciam conhecer ela, mas ninguém falava com ela. Então um dia o professor passou um trabalho a três e o Frank chamou a mim e eu fui (não tinha mais opções) e adivinhem quem foi a terceira pessoa do nosso grupo... Foi a morena emo que sentava no canto. Pâmela, o nome dela era Pâmela e fazer o Trabalho com ela e Frank foi melhor do que eu esperava. No dia seguinte eu não sentei no canto. Quando sentei ao lado dela ela me deu um pequeno sorriso amigável que me fez sentir esperança, talvez eu conseguisse uma amiga afinal. No 3º tempo enquanto a professora falava Pâmela começou a batucar na carteira um ritmo que me pereceu muito familiar. Eu conhecia aquilo de algum lugar, quando a luz se acendeu na minha mente eu não podia acreditar que ela estava batucando a minha musica favorita. Eu olhei pra ela sem acreditar e disse: - Pitty, na sua estante? Ela me olhou surpresa. - Sim. E pronto. Nos tornamos amigas para sempre.
Posted on: Sun, 01 Sep 2013 05:18:52 +0000

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