Tentativas Teológicas II: Por uma Terra-Céu e um - TopicsExpress



          

Tentativas Teológicas II: Por uma Terra-Céu e um Céu-Terra. É impressionante o apelo que é feito nas escrituras para que a terra receba a proposta do Reino de Deus e João Batista participa como arauto que traz essa proposta e, assim, inicia seu sermão solicitando arrependimento aos que o ouvem, para que o “Reino de Deus” fosse implantado entre eles; É perceptível que a vontade plena de Deus não é realizada entre os homens e por mais que usemos de artifícios e técnicas teológicas para justificar o mau no mundo ou o mundo mau, ele não é a “vontade permissiva” de Deus. Esses argumentos se esvaem mediante a historicidade da salvação porque Deus não quis que o homem pecasse, mas ele pecou (Gênesis 2. 16,17; 3.6-9); Não era a vontade de Deus que o povo de Israel sofresse no Egito, mas sofreu (Êxodo 5.1,2) e por não cumprir a vontade de Deus Israel foi levado cativo à Babilônia (Jeremias 52), ele bem que avisou; na oração dominical ele nos ensina a pedir: “venha o teu Reino” (MT 6.9) para que na terra a vontade de Deus ao menos seja introduzida. Não precisamos de muito para chegar à conclusão de que o tráfico de drogas no mundo não está dentro dos “santos propósitos de Deus”, o infanticídio não é sua vontade, o tráfico de corpos e prostituição internacionais também não, mas o apelo de implantação do Reino continua ecoando pelos lábios de João Batista: “Arrependei-vos porque é chegado o Reino dos Céus”. Costumo dizer que cada sermão requer algo de alguém (mesmo que seja dinheiro), assim, o grito de João Batista ecoa entre os homens: “quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo; ... não cobreis mais do que o estipulado. ... a ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa e contentai-vos com o vosso soldo” (Lucas Cap 3). Se o conteúdo acima reflete o desejo de um Deus que habita os Céus (Pai nosso que estais nos céus... MT 6.9), então podemos dizer que sua mensagem está galgada em conteúdos humanos. Escassez de vestes e comida, problemas de corrupção e maus tratos é assunto nosso, necessidades da terra; é aqui que vemos tudo isso acontecer e é aqui que podemos evitar que isso aconteça. Com a chegada do Reino a terra pode ser parecida com o céu através de atos de humanidade. Acredito que dentre as muitas propostas da implantação do Reino de Deus a que mais sobressai é a tentativa e a promessa futura de não haver mais choro (Apocalipse 21.4). Acreditamos que isso só será possível quando o Reino de Deus for (de vez) implantado e o que tentamos, trazendo o Reino à terra, é fazer com que os que sofrem de frio possam ser aquecidos, que os injustiçados recebam justiça, que os famintos não sintam fome, e assim, tentamos fazer da terra um pedaço do céu. Gosto de pensar que a descrição apocalíptica do céu contendo muros de jaspes, ruas de ouro e praças de pedras preciosas são metáforas da nova Jerusalém e não podemos esquecer que metáforas percorrem todo o livro do apocalipse, mas o que me chama a atenção é que o que há de concreto no “novo mundo” são as pessoas - pessoas não são metáforas e nem parábolas no livro de João porque o céu pode não ter aquelas bugigangas na sua alvenaria, mas é imprescindível pensarmos que lá haverá gente. De tudo que sobressai são as pessoas convivendo com seu Deus. Gente que não chora mais. Aderir a proposta do Reino de Deus é fazer sua vontade e sua vontade é que os homens não chorem por atos de desumanidade.
Posted on: Tue, 15 Oct 2013 03:28:14 +0000

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