Todo ser humano é chamado ao amadurecimento, mas todo - TopicsExpress



          

Todo ser humano é chamado ao amadurecimento, mas todo amadurecimento é processual, isto é, consiste em um movimento que pede busca diária. Acreditamos que a graça de Deus se antecipe em nos favorecer, mas é na labuta do dia-a-dia que vamos tomando posse da maturidade que nos realiza como pessoas. Mas o que vem a ser a maturidade? Como podemos identificar que estamos vivendo a dinâmica do processo que nos dará o direito de gozar da condição de pessoas maduras? Amadurecer é o mesmo que integrar. Todo ser humano é um apanhado de limites, possibilidades, qualidades e defeitos. E a maturidade é a confluência harmoniosa que gera coerência de todos esses aspectos. O que antes não tinha associação passa a ter, como se uma ponte tivesse sido erguida para favorecer o trânsito entre as diferentes partes. Limites e possibilidade, qualidades e defeitos, tudo integrado e reconhecido como uma essência que nos constitui. A maturidade reúne o que antes desagregado. Essa integração desobriga o ser humano de corresponder as expectativas que não se adequam a sua essência. Com o amadurecimento deixamos de viver ao largo de nos mesmos e assumimos inteireza como um projeto de vida de maneira que nenhuma dispersão será mais admitida. A maturidade é um projeto que nunca se esgota, amadurecer é um verbo que deve perpassar constantemente na dinâmica da existência. É o desejo de que a morte nos encontre em plena conjugação. É a maturidade que nos autoriza o deleite. A integração humana fundamental para que saibamos estabelecer relações maduras construtivas, é por meio dela que nos encaminhamos para realização humana estando desintegrado, imaturo o ser humano fica privado de favorecer-se, incapacitado de descobrir a dimensão positiva de seus limites deixa de explorar suas possibilidades negando os defeitos que o carrega torna –os ainda mais nocivos não sendo capaz ver-se na totalidade limitasse a viver fragmentado. Longe de sua essência, e vivendo sem a posse de se mesmo, torna-se alvo de relacionamentos possessivos sequestrantes. No cativeiro distancia–se de sua essência, molda-se a partir das suas exigências, torna-se caricatura de si mesmo. Livro Quem me roubou de mim? Padre Fábio de Melo
Posted on: Fri, 18 Oct 2013 23:53:27 +0000

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