Tá, então é assim. Vou dedicar um texto a vitória da derrota. Eis que se segue mais uma vitória do moinhos, Daquelas que certamente deixarão muito enaltecidos seus agraciados, Mas há algo de nobre também nas derrotas, E não se trata daquela velha anedota de que vale a participação. A nobreza em questão é aquela que nos faz diferente. Do que vale uma vitória, quando ela é feita de acomodados? Qual o sabor de uma conquista, quando ela serve ao amargo continuísmo? Que sensação sentimos, quando se pauta o fazer político no projeto pessoal? Ao cabo e ao fim, tudo se justifica pela conquista do poder (?) Eu quero nunca responder estas perguntas com a vitória fajuta! Ao contrário, a derrota me traz uma paradoxal alegria de ser a resistência, De fazer parte daqueles que ainda não se renderam... De dizer NÃO maiúsculo aos que acham que o voto das urnas, sobrepõem as esperanças de um mundo melhor, De reiterar que o sabor da perda traz uma vívida alegria de ser diferente dos mesmos, dos que reproduzem a mentira, o pragmatismo político. De me contrastar com a indiferença dos oportunistas, De dizer que eu tomo partido, sim, Seja contra uma ordem hipócrita e pragmática, Seja contra o mesmo falseado de novo. Quero que minha existência nunca deixe de ser problemática! E daí, poder dizer em bom e alto som: Como é bom não ser vocês! Orgulho que não se faz pecado, meus caros! Vaidade que não se arroga. Pois tudo, toda forma de luta, faz a gente valer a pena, para que nossa vida não seja tão pequena, quanto vossa mesquinhez. Um beijo no coração! A história não há de ter fim, nem hoje, nem nunca. Philipe Murillo
Posted on: Tue, 26 Nov 2013 02:27:06 +0000
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